Entrevista - Goatlove Em Pleno Crescimento

Entrevista por: Renato Sanson


Certamente uma das bandas mais originais dos últimos tempos, com uma sonoridade ampla e diversificada. Esse é o Goatlove, que lançou em 2012 seu primeiro álbum "The Goats Are Not What They Seem", sendo considerado um dos melhores discos do ano, além de ter caído nas graças dos bangers.

Atualmente a banda continua a divulgação de seu disco, como já está com o sucessor pronto, com lançamento marcado para 2014, e sobre todas essas novidades e sua sonoridade audaciosa que batemos um papo com o guitarrista Marco Nunes.

Confira nossa exclusiva logo a seguir:

Heavy And Hell: O Goatlove lançou no ano passado seu primeiro debut, o excelente “The Goats Are Not What They Seem”, como esta sendo a repercussão do mesmo para o público metálico?

Marco Nunes: Tem sido até surpreendente. Nós tínhamos muitas expectativas sobre nosso trabalho, mas ao mesmo tempo imaginávamos que muitos não entenderiam a proposta do Goatlove. Bem, muitos realmente não entenderam, mas gostaram mesmo assim, e isso é o que importa!

HAH: Vocês apostam em uma sonoridade bem diferente, sendo difícil classifica-los em algum estilo. Isto foi proposital ou surgiu naturalmente?

MN: Bem, na verdade fazemos não apostamos necessariamente em uma proposta diferente. Acontece é que nossos gostos são tão amplos que isso acaba refletindo em nossa música, e mais, como não devemos nada para ninguém, se der na louca de fazer um “mambo-thrash com influências de música Andina” e a gente ficar satisfeito, por que não fazê-lo? A única coisa proposital é fazer um som que nos agrade, se agradar o público também, melhor ainda!

Confira resenha do disco aqui.
HAH: Desde o lançamento do Single “Look What The Goat Dragged In” (2008), até chegar no álbum completo é notável um grande crescimento sonoro, seja na parte instrumental ou nas composições em si. O que vocês pensam a respeito desta evolução?

MN: O Single foi um cartão de visitas que mostrava a faceta que o vocalista “Roger Lombardi” iria mostrar após deixar o Sunseth Midnigth. Em algumas poucas horas ele e o guitarrista Rodrigo Toledo gravaram e mixaram esse primeiro EP. No caso de nosso disco oficial, o “The Goats are not what They Seem” a formação da banda já estava estabilizada e fizemos uma longa pré-produção, o que deixou o trabalho de estúdio mais fácil. A evolução veio deste processo.

HAH: Falando na parte de composição. Como funciona com vocês, todos os músicos participam ou tem alguém em especifico que direciona?

MN: O Goatlove é fruto da mente do Roger e geralmente ele me manda um demo (bem tosca por sinal rs) com violão e voz onde estão todas as idéias principais das músicas, e meu trabalho é “traduzir” aquilo para a banda. Já a banda coloca sua forma de tocar no material sugerido, e assim o som toma forma. É o método que trabalhamos e que dá resultado.

HAH: Certamente o Goatlove é uma das principais revelações do Metal nacional, como vocês enxergam o underground no Brasil nos tempos de hoje?

MN: E o que é underground hoje? Gravamos com ótimos produtores espalhados pelo país, temos a facilidade de comprar instrumentos bacanas por preços razoáveis, e ao fazer uma demo logo colocamos no soundcloud e em minutos temos 5000 “likes”... Não existe underground, existe a vontade de aparecer e deixar a música em segundo plano. Ótimo, quem colocar a música em primeiro plano terá reconhecimento!


HAH: “The Goats Are Not What They Seem” foi lançado de forma independente, e o que me chama atenção é que cada vez mais as bandas em geral estão fazendo isso, seria esse o novo caminho que a música pesada no Brasil está tomando? Pois parece cada vez mais difícil as bandas terem contrato com selos ou gravadoras.

MN: Melhor para o músico não depender de uma gravadora. Como disse, hoje você faz sua música e há diversos canais para divulga-la. Melhor você ser a banda “numero 1” de sua “própria gravadora” do que ser a número “666” de uma gravadora qualquer. Opa, eu disse “666”? Ah, 666 é sempre legal! Rsrs!

HAH: Atualmente vocês já estão compondo algo para o sucessor de “The Goats Are Not What They Seem”?

MN: Nós já temos o sucessor totalmente composto e já estamos ensaiando para esse disco, e nossa meta é entrar em estúdio no final do ano e lançar no comecinho do segundo semestre de 2014. 


HAH: Quais são as principais influências da banda, já que a gama sonora é ampla e bem diversificada.

MN: Realmente nós temos gostos muito diferentes. Eu por exemplo goste demais de Björk, Meshuggah, Queensryche e Prong. Dos clássicos, adoro o Floyd, Queen e Beatles! E cantoras! Adoro cantoras como Tori Amos, Annie Haslam, Anneke Van Giersbergen. Já o Roger curte Stooges, Punk, HC finalndês, Nick Cave, The Cult. O Alê, nosso batera curte Thrash e Death Metal. O Frank gosta de Black Metal. E o Fabio... bem o Fábio gosta de Dub! Rs!

HAH: Gostaria de agradecer pela atenção e deixo o espaço final a vocês.

MN: Nós é que agradecemos a oportunidade! Muita música para todos!


Conheça mais a banda


Assessoria: Metal Media

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