Resenha - Banda: Metal Church - Álbum: XI (2016 - Shinigami Records)

Resenha por: Renato Sanson


Mais de trinta anos de história e um legado sólido e porque não injustiçado. O Metal Church não tem a fama de muitos que começaram na mesma época, mas sim tem tanta qualidade (e com certeza mais que muitos) quanto os que despontaram e chegaram ao estrelato.

Os americanos passaram por uma época de instabilidades, e também por um momento criativo um pouco fraco, lançando alguns discos abaixo de seu padrão (o penúltimo e o antepenúltimo principalmente).

Com o anuncio da saída do vocalista Ronny Munroe (que estava à frente do Metal Church desde 2004) rolou uma certa incerteza do futuro do Church e de quem assumiria está tarefa árdua, pois ao longo de sua história a banda sempre contou com vocalistas de alto nível, sendo uma de suas marcas registradas.

Então o Metal Church surpreende e traz de volta a banda nada mais nada menos que Mike Howe, que gravou os clássicos “Blessing in Disguise” (89), “The Human Factor” (91) e “Hanging in the Balance” (93).

Intitulado de apenas “XI” (referindo-se por ser o 11° disco de estúdio), está volta de Howe aos vocais foi mais que acertada, pois se não sentíamos mais a energia do Church nos últimos discos, aqui podemos dizer que temos uma banda revitalizada e fazendo o que sabe de melhor: Heavy Metal sem frescuras!

Kurdt Vanderhoof (único remanescente da formação original) voltou a usar sua usina de riffs e nos brindar com momentos memoráveis e solos inspirados, formando uma bela dupla com Rick Van Zandt. Já a cozinha formada por Steve Unger (baixo) e Jeff Plate (bateria) soa como se fosse um martelo aguerrido e sem piedade de bater, soando forte e pulsante. E as linhas vocais do Sr. Howe continuam marcantes e fortes, mostrando que o tempo lhe fez muito bem.

A abertura com “Reset” já mostra o quanto o Metal Church soa mais vigoroso e intenso, os riffs tradicionais estão ali vibrantes, assim como o refrão marcante e grudento; “Sky Falls Inn” soa mais melódica porem pesada, mas com destaques as belas linhas vocais de Mike; “Needle & Suture” volta a descambar o bom e velho Heavy Metal, direto, seco e cheio de energia, com a cozinha mandando ver.

Esses são apenas um dos destaques de um disco que soa homogêneo e cheio de momentos marcantes. Ponto positivo também para produção, que soa crua e sem exageros, deixando o som real e não artificial.

Um disco para os fãs celebrarem, pois é o Metal Church voltando a fazer o que sabe de melhor!

Links de acesso:

Formação:
Kurdt Vanderhoof: Guitarras
Mike Howe: Vocais
Steve Unger: Baixo
Jeff Plate: Bateria
Rick Van Zandt: Guitarras

Tracklist:
01. Reset
02. Killing Your Time
03. No Tomorrow
04. Signal Path
05. Sky Falls In
06. Needle and Suture
07. Shadow
08. Blow Your Mind
09. Soul Eating Machine
10. It Waits
11. Suffer Fools

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