Por: Renato Sanson
Os belgas nunca estiveram no panteão dos maiores nomes do Death Metal, mas nem por isso são menos adorados pelos fãs do estilo. O Aborted chega em 2024 com seu 12º álbum de estúdio de uma maneira inusitada e ainda mais brutal.
A ideia em “Vault of Horrors” é
clara: soar o mais violento possível de forma técnica e evolutiva. Ao longo das
dez faixas que permeiam essa obra de horror, cada uma consta com a participação
de um vocalista diferente.
Além, de cada faixa ser inspirada
em filmes de terror clássico. Trazendo ainda mais impacto e atenção a sua
proposta.
O álbum também conta com um clima
cinematográfico ao fundo, dando muita vazão a brutalidade aqui exposta.
As participações especiais são bem interessantes, mas não descaracterizam a proposta da banda, mas confesso que nas primeiras audições fica um pouco confuso com tantos vocalistas diferentes, mas que ao decorrer entendemos a ideia por trás dessa chuva de caos.
O Aborted também não teve medo de
levar seu som a um outro patamar. A técnica está ali e a agressividade nem
preciso mencionar, mas algumas inserções de modernidade foram colocadas aqui e
ali e que deram um respiro a sua musica.
A exemplo das ótimas “Deadbringer”
(contando com a participação de Ben Duerr do Shadow of Intent) e “Condemned To
Rot” (com Francesco Paoli do Fleshgod Apocalypse). Épicas, viscerais e recheadas
de momentos mais modernos vindos do Deathcore. Algo que pode soar estranho aos
fãs mais fervorosos, mas não se enganem isso não tirou o brilho do Aborted.
O que esse batera tem tocado (Ken
Bedene) não é brincadeira e soa como um rolo compressor tamanho a velocidade
dos seus blast beats e bumbos. Impossível não se impressionar ao ouvir o disco.
A parte gráfica é no melhor
estilo filme de terror gore, que poderia virar pôster de divulgação em qualquer
locadora de VHS nos anos 80/90.
Death Metal brutal e insano. Você
que já é fã continuará e aos que não conhecem, aí está uma ótima oportunidade de
conversão.
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