Resenha - Banda: Aske - Álbum: Vol. II (2023)

Por: Renato Sanson


O Black Metal sempre foi à lacuna mais difícil de mexer no Metal em si. Pois, sua música nunca transcendeu padrões, muito pelo contrário, sempre se manteve em mutações. Dentro do estilo você encontra o ríspido e gélido Black Metal ao mais sinfônico. Ao meio do caminho temos aquelas bandas que não optam por velocidade, mas sim por cadencia, peso e melodia.

Os paulistanos do Aske seguem este caminho, influenciado pelo Black/Death Metal mais old school com boas pitadas de Samael.

A simplicidade casa com as variações rítmicas e melódicas obscuras. Com uma vocal rasgado e bem entendível que soa cadenciado ao meio do peso. Talentos de fato não faltam para o duo formado por Filipe Salvini (baixo/vocal) e Lucas Duarte (guitarra).

Trazendo um som direto, cru e bem marcante. Com letras acidas e criticas insanas as religiões, mas não apenas blasfêmias por blasfêmias. É possível notar um grande estudo e conhecimento de religiões, que são muito bem colocadas em cada letra. O álbum ainda conta com duas musicas cantadas em português que não destoam do restante do material, mostrando ser uma ótima opção para o futuro.

A produção é simples, mas no geral não compromete a proposta. Com todos os instrumentos em boa evidencia e dosagem.

O Aske faz sua estreia de uma ótima maneira e chama a atenção não por inovar, mas fazer o já criado de uma forma bem feita e atrativa aos ouvidos.


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