Resenha - Banda: Suicidal Angels - Álbum: Profane Prayer (2024 - Shinigami Records)

 Por: Renato Sanson

A pandemia foi um marco histórico amargo na vida de cada um de nós. Muitas perdas e interrupções prematuras de muitos trabalhos. Para o mundo musical foi tão apocalíptico quanto.

Turnês canceladas, lançamentos adiados. E depois lidar com o psicológico em um novo “mundo”. Os gregos do Suicidal Angels passaram por tudo isso, adiando seus planos e retomando apenas em 2022.

Onde iniciaram as gravações do seu 8º álbum de estúdio. Nos entregando em 2024 “Profane Prayers” e automaticamente o seu álbum mais maduro e candidato a um dos melhores da banda.

A abertura com “When the Lions Die” já mostra isso, uma evolução incrível de seu Thrash Metal, que sempre foi calcado no old school, mas que aqui resolveu expandir os horizontes trazendo influencia do Heavy tradicional e não ligando tanto para velocidade, mas sim construção musical.

Transformando o álbum com pilares inabaláveis de riffs trabalhados e melodias grudentas, mas soturnas. A evolução também salta aos ouvidos do grande frontman Nick. Suas linhas vocais estão menos brutais, mas não menos agressivas. Toques de melodia que se encaixaram muito bem.

A épica “Deathstalker” mostra todas essas facetas do Suicidal Angels com uma construção musical impecável. Além das participações especiais das lendas Sakis Tolis (Rotting Christ), Karadimas (Nghtfall) e Fotis Bernardo (Septicflesh).

Outro ponto de destaque fica também com a faixa que encerra o álbum: “The Fire Paths of Fate”, contando com vocais feminos e soturnos ao meio do seu Thrash Metal visceral. Com melodias de cair o queixo.

Assim como a parte gráfica criada pelo icônico Edward Repka, repleta de detalhes e o anjo característico da banda em volta de suas preces profanas. Ainda que blasfema, a parte lírica dos gregos sai em sua maioria do caos religioso e vai a fundo nos pensamentos dos filósofos Platão, Nietzsche e Sócrates. Deixando tudo ainda mais obscuro e reflexivo. 

Sem duvidas o Suicidal Angels deu um grande passo em sua carreira e é forte candidato a melhor álbum de Thrash de 2024.

 


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