Resenha – Banda: Fleshgod Apocalypse – Álbum: Opera (2025 – Shinigami Records)

 Por: Renato Sanson

O 6º álbum de estúdio dos italianos do Fleshgod Apocalypse nasceu recheado de incertezas, já que, o álbum marca o “retorno” da banda após o acidente que quase levou o vocalista e baixista Francesco Paoli a morte em 2021.

Um acidente delicado, ao cair de uma montanha na Itália e gerando diversos traumatismos e uma recuperação dolorosa e sem a certeza de sua recuperação.

Felizmente Paoli se recuperou e traz em “Opera” essa experiência de quase morte, mas também um grito de perseverança que o fez seguir em frente cada segundo de sua luta para sobreviver e voltar a sua rotina.

O Death Metal apresentado pelo FGA é de primeira e traz todos os elementos sinfônicos que os destacam dos demais e os aproximam de nomes como Septicflesh e Behemoth.

Mas é inegável que já possuem sua áurea própria e a velha conhecida Veronica Bordacchini que participava esporadicamente, em “Opera” tem um papel crucial transbordando emoção e fazendo os atos soarem ainda mais cheios de vida e drama.

Sim atos, pois o álbum em si é uma grande obra sinfônica e agressiva, trazendo em seu começo a experiência de quase morte, para depois passar por uma árdua recuperação e enfim conseguir retomar a vida novamente que nunca mais será a mesma. Trazendo letras bem inteligentes em volta desse ocorrido e que trazem também uma mensagem de otimismo e o quanto devemos valorizar cada segundo de nossas vidas.

A arte do disco reflete isso muito bem, belíssima, rica em detalhes e mostrando a vitória da vida sobre a morte. Um trabalho fenomenal da artista Felicita Fiorini.

Porém, nada disso seria grandioso se não tivéssemos composições a altura e “Opera” mostra o porquê do FGA ser tão cultuado pelos fãs, pois mesmo já tendo a sua formula de criar, soam ainda mais sinfônicos, com orquestrações complexas, aliado a fúria do Death Metal.

O único ponto que poderia dizer como negativo fica para a mixagem que em muitos momentos os instrumentos são suplantados pelas orquestrações, tirando aquele brilho violento da banda, pois não podemos esquecer que estamos falando de Death Metal.

No mais, um lançamento fantástico e impactante. Valendo cada segundo de sua audição e cada letra lida.


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