Por: Renato Sanson
Os alemães do Oceans ainda que voem abaixo do radar para o grande público, lançaram neste ano o seu terceiro álbum de estúdio, sob a tutela de “Happy”.
Mas a abordagem em si de suas
letras não são nada felizes e nem o seu instrumental. Que comparado aos
trabalhos anteriores aqui soa mais feroz e mais enraizado no Death Metal.
A abordagem lírica do Oceans
sempre foi à saúde mental de uma forma mais obscura, em “Happy” seguem o mesmo
plano, mas agora de forma bem explicita e mais clara, sem tantas metáforas.
Trazendo traumas do âmbito familiar, brigas internas e a duvida de nossa
própria capacidade quando estamos em volta de um problema tão grande.
Musicalmente, o Nu Metal se faz presente, mas o Death Metal toma mais a frente como é possível perceber na abertura com “Parasite”.
Em “Spit” temos um inicio mais Nu
Metal, mas que descamba para uma pancadaria extrema do mais alto nível.
Mesclando ambos os elementos e não soando tão distantes.
O álbum em si transita entre
ambos os estilos, com algumas adições de teclados e percussões, que casam com
essa proposta inusitada e transformam o Oceans em um ótimo nome do nosso
cenário.
A produção é bem sofisticada e
cristalina, o que permite ouvir nitidamente cada elemento dessa “salada sonora”
que os alemães nos apresentam. Em termos gráficos temos uma arte soturna, nem
um pouco “feliz”, com uma capa de um peixe em um aquário sem vida e cada música
é representada no encarte por imagens tão impactantes quanto.
“Happy” não é de fácil
assimilação, mas traz mais o Death Metal como pano de fundo do que outras
influências. O que me agradou bastante, mas é notável que os demais elementos
casam muito bem com sua proposta.
Comentários
Postar um comentário