Por: Renato Sanson
Vamos concordar que os americanos do Ghost Bath não iniciaram muito bem sua carreira com aquela história que eram chineses (risos). O que tirou um pouco o brilho da banda, não sendo levada a sério pelos fãs de Metal Extremo.
Convenhamos, a ideia era angariar
atenção e conseguiram, mas de uma forma não tão positiva. Pois bem,
musicalmente temos o Black Metal como pano de fundo, passagens mais depressivas
e algo sujo do Rock N’Roll.
Não consigo me acostumar com os
termos “Blackgaze” ou “Post Black Metal”... É tudo Metal Extremo, tudo Black
Metal, mas com outras variações. É muita invencionice de estilos e ao final
tudo é Metal.
“Self Loather” chega para finalizar a trilogia iniciada em 2015. Trazendo diferentes climas e colocações introspectivas criada pelo vocalista Dennis Mikula. Que traz as emoções humanas do medo e ódio no álbum em questão.
A ideia aqui é soar o mais
sombrio possível e bem dentro do Depressive Black Metal, passagens rápidas e
instigantes, um vocal gritado que beira o desespero, choros ao fundo e
passagens belíssimas de teclados, violão, violoncelo e vocais femininos. Tudo
acompanhado de uma produção de alto nível, primando por um clima fúnebre e
pesado.
Assim como a parte lírica que
traz essa visão mais pessimista do ser humano e de auto depreciação (veja logo
pelo titulo do álbum). A arte do artista polonês Zdzisław Beksiński soa
perturbadora e casa com o sentimento que querem passar.
Fechando a trilogia de forma
sublime. Já que em “Moonlover” (15) trouxeram o sentimento da tragédia, “Starmourner”
(17) o êxtase e encerram de forma atemporal com medo e ódio, algo que sempre
ronda o ser humano em suas profundezas.
Reinventaram a roda? Claro que
não, mas trazem musica Extrema de qualidade e aguardaremos o novo álbum. Já
está provado que o Ghost Bath merece ser levado a sério.
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