Resenha – Banda: Ghost Bath – Álbum: Self Loather (2021 – Shinigami Records)

 Por: Renato Sanson

Vamos concordar que os americanos do Ghost Bath não iniciaram muito bem sua carreira com aquela história que eram chineses (risos). O que tirou um pouco o brilho da banda, não sendo levada a sério pelos fãs de Metal Extremo.

Convenhamos, a ideia era angariar atenção e conseguiram, mas de uma forma não tão positiva. Pois bem, musicalmente temos o Black Metal como pano de fundo, passagens mais depressivas e algo sujo do Rock N’Roll.

Não consigo me acostumar com os termos “Blackgaze” ou “Post Black Metal”... É tudo Metal Extremo, tudo Black Metal, mas com outras variações. É muita invencionice de estilos e ao final tudo é Metal.

“Self Loather” chega para finalizar a trilogia iniciada em 2015. Trazendo diferentes climas e colocações introspectivas criada pelo vocalista Dennis Mikula. Que traz as emoções humanas do medo e ódio no álbum em questão.

A ideia aqui é soar o mais sombrio possível e bem dentro do Depressive Black Metal, passagens rápidas e instigantes, um vocal gritado que beira o desespero, choros ao fundo e passagens belíssimas de teclados, violão, violoncelo e vocais femininos. Tudo acompanhado de uma produção de alto nível, primando por um clima fúnebre e pesado.

Assim como a parte lírica que traz essa visão mais pessimista do ser humano e de auto depreciação (veja logo pelo titulo do álbum). A arte do artista polonês Zdzisław Beksiński soa perturbadora e casa com o sentimento que querem passar.

Fechando a trilogia de forma sublime. Já que em “Moonlover” (15) trouxeram o sentimento da tragédia, “Starmourner” (17) o êxtase e encerram de forma atemporal com medo e ódio, algo que sempre ronda o ser humano em suas profundezas.

Reinventaram a roda? Claro que não, mas trazem musica Extrema de qualidade e aguardaremos o novo álbum. Já está provado que o Ghost Bath merece ser levado a sério.  

 


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