Por: Renato Sanson
Com a temática calcada no “Deus ex machina” os mineiros do Loss trazem em seu segundo álbum um arsenal mais diversificado em sua sonoridade Stoner e um apreço lírico instigante.
A intro “Reebot” já mostra o que
teremos pela frente: sons de maquinas que se entrelaçam com cânticos indígenas.
Mostrando essa relação de homem vs máquina. Abrindo espaço para “Segredos” e
sua pegada mais rocker. Com uma letra cheia de enigmas.
Dando espaço para “Hold Me” e “Leaving”
trazendo aquela veia Stoner de volta com bastante variações e quebras de tempo.
Nada de exibicionismo técnico, mas muito feeling envolvido e criatividade.
Indo para o lado mais setentista
temos “Material Delight” e “The Storm”. Riffs pegajosos, simples e pesados. No
melhor estilo Black Sabbath.
Voltando a língua pátria “Deus” chega como um questionamento da fé e se a tecnologia não irá engolir a mesma ou será que já a engoliu?! Essa mescla de adicionar duas musicas em português foi uma sacada em tanto, deixando o material bem dinâmico e ambas com aquela pegada mais Rock N’Roll de nomes como Rosa Tattooada e Carro Bomba.
“Novena” traz os sons tribais e indígenas
de volta, sendo uma boa introdução para “The Mirror”, que segue a mesma linha
sonora, mas mais expansiva e pesada. Com uma letra excepcional.
Fechando a bolacha temos a mais
Heavy Metal do álbum a faixa titulo “Human Factory”. Encerrando os trabalhos de
um pouco mais de 36 minutos com maestria.
A arte envolta do mesmo é uma
alusão entre homem e máquina, trazendo um mundo robotizado e o ser pensante
nesta utopia (não tão distante) é justamente a máquina. Uma ótima referencia a
Blade Runner.
A produção é de excelente
qualidade sem contar que a mixagem e masterização ficou a cargo do genial Tue
Madsen.
Uma sonoridade até mesmo acessível
com uma mensagem forte e impactante.
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