Resenha – Banda: Loss – Álbum: Human Factory (2024 – Som Do Darma)

 Por: Renato Sanson

Com a temática calcada no “Deus ex machina” os mineiros do Loss trazem em seu segundo álbum um arsenal mais diversificado em sua sonoridade Stoner e um apreço lírico instigante.

A intro “Reebot” já mostra o que teremos pela frente: sons de maquinas que se entrelaçam com cânticos indígenas. Mostrando essa relação de homem vs máquina. Abrindo espaço para “Segredos” e sua pegada mais rocker. Com uma letra cheia de enigmas.

Dando espaço para “Hold Me” e “Leaving” trazendo aquela veia Stoner de volta com bastante variações e quebras de tempo. Nada de exibicionismo técnico, mas muito feeling envolvido e criatividade.

Indo para o lado mais setentista temos “Material Delight” e “The Storm”. Riffs pegajosos, simples e pesados. No melhor estilo Black Sabbath.

Voltando a língua pátria “Deus” chega como um questionamento da fé e se a tecnologia não irá engolir a mesma ou será que já a engoliu?! Essa mescla de adicionar duas musicas em português foi uma sacada em tanto, deixando o material bem dinâmico e ambas com aquela pegada mais Rock N’Roll de nomes como Rosa Tattooada e Carro Bomba.

“Novena” traz os sons tribais e indígenas de volta, sendo uma boa introdução para “The Mirror”, que segue a mesma linha sonora, mas mais expansiva e pesada. Com uma letra excepcional.

Fechando a bolacha temos a mais Heavy Metal do álbum a faixa titulo “Human Factory”. Encerrando os trabalhos de um pouco mais de 36 minutos com maestria.

A arte envolta do mesmo é uma alusão entre homem e máquina, trazendo um mundo robotizado e o ser pensante nesta utopia (não tão distante) é justamente a máquina. Uma ótima referencia a Blade Runner.

A produção é de excelente qualidade sem contar que a mixagem e masterização ficou a cargo do genial Tue Madsen.

Uma sonoridade até mesmo acessível com uma mensagem forte e impactante.


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