Há 30 Anos Atrás Nascia Um Clássico...

Uma das capas mais belas e polêmicas que o Heavy Metal já teve
Woe to you, Oh Earth and Sea,
For the Devil sends the beast with wrath
Because he knows the time is short...
Let him who hath understanding reckon
 The number of the beast
For it is a human number
Its number is Six hundred and sixty six
Dia 22 de abril de 1982 a Besta vinha ao mundo, não tem jeito, não da para falar do “The Number Of The Beast” sem dizer o quanto ele é clássico e poderoso, enfim uma obra prima em todos os sentidos. Uma obra que mudaria não só mundo do Heavy Metal, mas sim uma geração.

Esse álbum pode não ter criado o NWOBHM, já que o Judas tinha lançado o não menos clássico “British Stell” dois anos antes, porém o Maiden conseguiu mostrar que o Heavy Metal pode ser pesado e pasmem comercial, não ignorando trabalhos como seminal “Iron Maiden” e “Killers”, mas foi nesse terceiro lançamento que a trupe de Harris chegou ao ápice.

Apesar do sucesso dos dois primeiros álbuns, principalmente “Killers” que fez um sucesso estrondoso no Japão, Foi com “The Number Of The Beast” que o Maiden nasceu para o mundo, seja pela sonoridade requintada ou pela temática do álbum, que chocou a sociedade com uma das mais belas capas que o Heavy Metal já viu, criada pelo mestre Derek Riggs, mas foi em 1982 que a Donzela dava os primeiros passos para dominar o mundo.

Não sei se dá para falar de méritos, afinal de contas tudo aqui foi extremamente bem pensado, Martin Birch fez uma produção caprichada (nessa época o cara já tinha trabalhado com Sabbath e Purple, por exemplo), a capa... Pois bem a capa é polêmica, simbólica, linda... Em minha opinião Eddie nunca esteve tão imponente, mostrando afinal de contas quem é o fantoche e quem é o manipulador.

Na formação todos já sabiam que esse CD mostrava a estréia do Air Siren Bruce Dickinson (Ex-Samson), muitos fãs reclamaram na época, porque o Maiden ia perder sua veia mais Punk e ganhando ares teatrais e épicos, cortesia das apresentações ao vivo onde Bruce dava (e ainda dá) um verdadeiro show, aliando performance com talento.

Podemos dizer que Steve Harris fez a melhor escollha para sua banda, trazendo Dickinson para ocupar o posto de vocalista, pois a banda não ganhou só em apresentações ao vivo, mas sim uma mente pensante, um compositor nato, que aliado a sua voz potente e porque não bela, elevou o status da donzela para os grandes do Metal mundial.

São apenas oito faixas e todas são clássicos não da banda e sim do Heavy Metal... O que dizer da rápida “Invaders”? Ou “Children Of The Damned” a melhor balada que o Mainde já criou, a galopante “Run To The Hills” essencial nos shows até hoje, onde aquele refrão é cantado por milhares de vozes.

A faixa titulo despertou a revolta das beatas norte americanas, satanismo?? Faz me rir Venom e Slayer ia mostrar o que é ser diabólico, veja o clipe de "The Number Of The Beast" é cômico acreditar que o Maiden era do mal.



“Hallowed Be Thy Name” é outro momento mágico, acredito que todo headbanger se arrepia ao ouvir essa intro, e no momento que a canção explode, nosso peito é invadido por aquela sensação que só os bangers sabem...
Ao final do álbum você tem uma única reação, apertar o repeat e ouvir novamente está obra, pois o que foi criado por esses “Deuses do Metal” foi algo único, mágico e que jamais será repetido por banda alguma.

Vale ressaltar que este foi o ultimo álbum a contar com o baterista Clive Burr, que acabou saindo da banda após a turnê de divulgação, por cansaço, devido ao excesso de shows que a banda realizava.

Quer saber, termine de ler isso, corra, pegue o CD e vá ouvir, porque isso aqui é Maiden isso é Metal... E o Heavy And Hell só existe porque há 30 anos o mundo conhecia a Besta...

OBS: O Heavy And Hell nasceu no dia 22, coincidência??? hahahahahahaha...

Matéria: Luiz Harley / Renato Sanson
Revisão & Edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

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