Resenha - Banda: Orphaned Land - Álbum: All Is One (Shinigami Records - 2013)

Resenha por: Renato Sanson


Tem bandas que simplesmente destoam da simplicidade ou de manter um contexto, mas sim continuam inovando e sempre trazendo surpresas aos ouvidos alheios. E é isso que o Orphaned Land de Israel faz, e no seu 5° álbum de estúdio "All Is One" que chega ao mercado nacional via Shinigami Records, não seria diferente.

A diversidade musical é imensa, ainda mais que a banda mistura Metal com a música regional de seu país, trazendo uma gama sonora impecável e cheia de instrumentos. Isso tudo aliado a arranjos belíssimos, vocais limpos de extrema qualidade, algumas partes em gutural (que abrilhantam a vasta sonoridade), corais belos e grandiosos, cordas acústicas muito bem postadas, teclado épico e pomposo, sem contar os belos riffs e solos, que se entrelaçam com a coesão e técnica do Baixo/Bateria.

Também temos diversos instrumentos regionais que só engrandecem o álbum, fazendo da audição um desafio para alguns, pois não é nada simplista, mas tudo bem dosado e com aquele "Q" que só o Heavy Metal tem.

O disco foi produzido pela própria banda, porém teve a mixagem feita pelo experiente Jens Bogren, que soube lidar muito bem com todos instrumentos utilizados, deixando todos em total equilíbrio, sem que nenhum se sobressaísse. Já a parte gráfica é belíssima, muito bem trabalhada e esmerada, um belo trabalho do artista Metastazis, que soube deixar bem nítido a mensagem que o Orphaned Land quis passar: união entre os povos de Israel, muçulmano e cristão.

Musicalmente é um disco perfeito, que beira a complexidade, mas ao mesmo tempo sua audição é agradável e viciante, e a abertura com "All Is One" já nos mostra isso, clima épico e pomposo, com belos corais e riffs potentes, com uma cozinha quebrada e diversificada; "Simple Man" vem mais trabalhada e intensa, com um belo trabalho de vocais e cordas; "Brother" certamente é a balada mais bonita de 2013, uma composição até mesmo simples, mas grandiosa e novamente com Koby dando um show de interpretação; "Fail" vem pesada e agressiva, mas com ótimos arranjos; e a instrumental "Freedom", que mostra uma diversidade musical incrível.

Um disco para se ouvir sem pular uma música, pois a diversidade é tamanha, e fará você ouvi-lo muitas vezes, pois a complexidade é latente, mas a beleza e o sentimento imperam. Com certeza um dos melhores discos de 2013. Altamente recomendado!


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Tracklist:
01 All Is One   
02 The Simple Man   
03 Brother
04 Let the Truce Be Known
05 Through Fire and Water   
06 Fail   
07 Freedom   
08 Shama'im
09 Ya Benaye   
10 Our Own Messiah 
11 Children


Formação:
Kobi Farhi (Vocal/Cânticos/Narração/Backing Vocals/Corais)
Yossi Sassi (Guitarra Solo/Guitarra Acústica/Oud/Saz/Chumbush/Bouzouki/Piano/Backing Vocals)
Chen Balbus (Guitarra Base/Bouzouki/Piano/Xilofone/Backing Vocals)
Uri Zelcha (Baixo/Baixo Acústico/Baixo Fretless)
Matan Shmuely (Bateria/Percussão)

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