Entrevista por: Renato Sanson
Ultimamente é fato que as bandas estão ousando mais, e sem medo de rótulos
ou coisa parecida. E por esse caminho trilha o Revolted que adiciona ao seu
Thrash Metal boas pitadas de modernidade e som extremo, tudo aliado de uma
forma orgânica e inteligente.
Para explicar melhor batemos um papo com o guitarrista Alex, o
vocalista Hedrey e o baixista Raphael, onde explicam suas influencias, a
recepção de seu primeiro disco e da importância de compor faixas em português.
Confira:
Heavy And Hell: O Revolted lançou
recentemente o poderoso “Revolutionary Order”, em uma leva sonora bem
diversificada, mesmo tendo como pano de fundo o Thrash Metal. Conte-nos como
foi o processo de composição do mesmo.
Alex: A maioria das músicas do disco foram compostas durante o ano de
2011, nós ficamos durante todo o ano de 2011 ensaiando e trabalhando nos
detalhes das composições, até fazermos nossa primeira apresentação em janeiro de
2012, quatro músicas já estavam encaminhadas antes mesmo do Revolted ser formada
oficialmente: Heartbreaking, Behind The Sacred Verses, We Are Only Free e Your
Faith Is What Destroys You. Eu e o nosso antigo baterista Billmor, tocávamos em
outra banda, essas músicas meio que destoavam da ideia da nossa banda anterior,
como o grupo não estava em um momento bom, eu decidi formar o Revolted com ele,
essas quatro faixas meio que ficaram de espólio pro Revolted. Duas músicas foram
compostas com a entrada do nosso atual baterista: Epidemia e Follow The Shadows,
assim fechamos o tracklist do disco.
O Thrash Metal é o estilo que nós
quatro adoramos, mas não queríamos nos prender a esse rótulo, queríamos fazer
algo diferente. Foi ai que resolvemos arriscar e colocar alguns elementos diferentes.
É uma forma diferente de fazer Thrash Metal, com algumas pitadas de Death Metal
e alguns elementos modernos. Eu particularmente adoro Metal sueco, creio que
seja a influência mais forte nas composições.
HAH: A banda foi formada em 2011,
mas só agora lançaram seu disco de estréia, sem lançar alguma prévia antes,
como Demo, EP ou Single. Uma decisão corajosa, pois nem todos acertam a mão
logo no primeiro lançamento. Vocês chegaram a pensar que o disco não poderia
ser bem recebido?
Alex: Na verdade, a música Behind The Sacred Verses teve
uma versão demo, que gravamos em 2012, mais para ter algum material de
divulgação, a partir dai o nosso pensamento foi de lançar um disco cheio mesmo,
acreditamos no potencial das músicas, não poderíamos perder a oportunidade e
lançar somente quatro ou cinco faixas num EP, eu acreditava que se fizéssemos isso, iríamos
atrasar o progresso da banda. Não foi uma decisão difícil de ser tomada, nós
queríamos mostrar que chegamos pra ficar e que estamos focados em fazer o nosso
máximo para que possamos chegar o mais longe possível.
HAH: “Revolutionary Order” foi
masterizado fora do país, porque desta decisão?
Hedrey: Decidimos fazer todo o trabalho de mixagem, masterização e
finalização do disco em um estúdio fora do Brasil na busca de uma melhor
qualidade de áudio, aqui no Brasil temos excelentes estúdios, mas os valores
estão se tornando impraticáveis e no exterior se consegue uma qualidade melhor
com preços mais justos, gravar em um estúdio de qualidade aqui no Brasil está
cada vez mais difícil e fazer todo este processo em um estúdio fora do Brasil
se tornou a melhor opção para uma banda independente.
Leia nossa resenha AQUI |
HAH: Uma coisa que chama atenção
na sonoridade do Revolted são as melodias encaixadas ao meio da brutalidade,
algo que soa revigorante na sonoridade da banda. Como foi chegar nesse
amadurecimento musical?
Alex: Eu adoro Metal sueco, as bandas suecas fazem essa mistura de
peso, velocidade e melodia com perfeição, isso é algo que me atraiu de cara,
quando ouvi as primeiras bandas fiquei boquiaberto, é a influência mais forte
das composições do Revolted. A nossa intenção desde o início era fazer esse
tipo de som, algo que as pessoas ouvissem e se empolgassem, porém tentando
fugir de fazer um mais do mesmo. Esse amadurecimento também vem do fato de
todos na banda já terem passado por outros grupos, e terem uma boa experiência
musical, mais um ponto que posso citar é que somos objetivos, o tempo que nos
sobra para a banda é conscientemente aproveitado ao máximo.
HAH: “Epidemia” é a única faixa
cantada em português do disco, pretendem fazer isso novamente no futuro?
Hedrey: Sim, provavelmente isso deverá acontecer nos lançamentos
futuros. O Metal cantado em português é uma proposta que todos nós
gostamos e esse seguimento tem ganhado muita força nos últimos tempos
aqui no Brasil, e por sermos uma banda brasileira achamos que fazer música em
nossa língua é uma proposta muito interessante também, é claro que a proposta
central é compor em inglês por ser a maneira mais fácil de levar nosso som o mais longe possível, mas não queremos nos limitar a isso, por
tanto, novas músicas em português virão.
HAH: Como está sendo a
receptividade de “Revolutionary Order” perante os fãs e imprensa?
Raphael: A receptividade está sendo incrível. Recentemente o disco foi
resenhado por vários sites, revistas e blogs, e sempre com excelentes críticas.
Pessoas de diversos lugares têm nos procurado para comprar o disco. Isso é
gratificante, por que a maioria das pessoas que se interessam em adquirir o CD é através de alguma resenha que leu. Isso da força e motivação pra continuar a
quebradeira.
HAH: Para finalizar quais bandas
do cenário nacional vocês tem acompanhado e quais os planos futuros do Revolted
para 2015?
Raphael: Ultimamente eu tenho acompanhado muito o trampo dos caras do
Project46, Claustrofobia, Uganga, Worst e mais uma porrada de bandas brasileiras.
Os planos futuros do Revolted é tocar o máximo possível.
Estamos em processo de produção do nosso primeiro vídeo clipe que vai ser
lançado em breve. Já estamos trabalhando no segundo disco, e pode
ser que saia mais rápido do que a gente imagina.
Alex: Também tenho ouvido essas bandas que o Raphael citou, e mais as
bandas: A Red Nightmare, Old Place, Slasher e Korzus.
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