Resenha por: Renato Sanson
O que poderíamos esperar do
Torture Squad depois da saída de Vitor Rodrigues? Muito se falou, pensou e
gerou até certo desespero entre os fãs, mas não demorou muito para a resposta,
e veio em forma do petardo “Esquadrão de Tortura”, seu 7° lançamento e o
primeiro conceitual.
Como o titulo informa, o disco
aborda a ditadura no Brasil, com cada faixa sendo um praticamente um relato nesses anos sofríveis em nosso país. Musicalmente temos uma banda revigorada
que deixa as nuances Death Metal menos evidentes e explora com mais força o
Thrash Metal, soando agressivo, potente e empolgante.
E os vocais de André Evaristo
caíram como uma luva nessa nova fase da banda, com linhas mais rasgadas
(lembrando bastante o Thrash alemão) André se sai muito bem, além de ser um
excelente musico, trazendo maior diversificação nos riffs e nos solos.
Já a dupla Amilcar e Castor
dispensam qualquer comentário, fazendo um trabalho soberbo, mostrando que o TS
tem uma das melhores cozinhas do Brasil.
A produção da bolacha ficou
novamente a cargo de Adriano Daga e Brendan Duffey que fizeram um ótimo trabalho. Soando cheia de vida e pesada, com instrumentos bem nivelados e
claros.
Musicalmente é um prato cheio
para o headbanging, basta ouvir “No Escape from Hell”, “Pull the Trigger”, “Patria
Livre” ou “Never Surrender” e se surpreender com a enxurrada de riffs e violência
sonora de muito bom gosto.
Vale mencionar que o disco conta com algumas participações especiais e são elas: João Gordo (RDP), Fernanda Lira
(Nervosa), Rafael Augusto Lopes (Fanttasma, ex-TS), Sphaera Rock Orquestra
(quarteto de cordas, com regência e arranjos de Alexey Kurkdjian), Paulinho
Sorriso e Dino Verdade. Que só engrandeceram o álbum, sem contar que “Esquadrão
de Tortura” teve sua parte gráfica feita pelo gênio João Duarte.
Um lançamento atemporal que irá ficar
no seu play por muito tempo! Ouça, adquira e perca o pescoço!
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