Entrevista por: Renato Sanson
Tradução: Nanda Vidotto
Also available in English
Confira nossa exclusiva com uma das revelações do Metal Extremo italiano, o ETERNAL SEX AND WAR. Entrevistamos o criador e líder Thorshammer (guitarra/vocal) e o baixista Dr FAUSTUS.
Confira agora mesmo:
Heavy And Hell: O ETERNAL SEX AND WAR vem de uma cena Metal onde o som Extremo old school não é tão forte, e vocês nadam na contramão apresentando uma sonoridade influenciada por Mayhem, Venom, Bathory dentre outros. Como foi moldar essa sonoridade?
Tradução: Nanda Vidotto
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Confira nossa exclusiva com uma das revelações do Metal Extremo italiano, o ETERNAL SEX AND WAR. Entrevistamos o criador e líder Thorshammer (guitarra/vocal) e o baixista Dr FAUSTUS.
Confira agora mesmo:
Heavy And Hell: O ETERNAL SEX AND WAR vem de uma cena Metal onde o som Extremo old school não é tão forte, e vocês nadam na contramão apresentando uma sonoridade influenciada por Mayhem, Venom, Bathory dentre outros. Como foi moldar essa sonoridade?
(Thorshammer): Simplesmente nós queríamos criar um som que pudesse
incorporar todas as nossas influências como ouvintes de Metal (Metal na maneira
antiga como todos nós conhecemos), e gostaríamos de satisfazer-nos em termos de
impacto, humor épico, doenças e violência.
Mesmo estando conscientes de que
não inventamos nada novo, encontrar uma maneira de nos expressar nosso
“caldeirão sonoro” típico do Metal Extremo sempre foi um dos nossos objetivos.
Por exemplo, adotamos as sete cordas nas guitarras para obter um som mais
pesado e mais “gordo” nas guitarras; dois tipos diferentes de vozes, para
caracterizar tipicamente Death/Thrash e partes do Black Metal; drum grooves que
vêm de diferentes tipos de estilos de Metal (de Doom ao Thrash, Black e Death);
linhas de baixo que nem sempre seguem a guitarra exatamente para criar uma
textura mais profunda dentro das canções; inserimos samplers de filmes para as
músicas também.
No entanto, acredito que a cena
italiana é muito influenciada pela forma “old school“ de se tocar, na verdade,
há (ou houve) bandas como: Presumed Dead, Undead Creep, Sepolcro, Noia, Oath,
Gravesite, Barbarian, Abysmal Grief, Epitaph, Crimson Dawn, Blood of Seklusion,
Blasphemous Noise Torment, Doomhammer, Heaten Lifecode, Haemophagus, Nuclear Aggressor,
Assaltator, Profanal, Loculo, Necro, Valgrind, Khephra, Eroded, Psychotomy, Esequiem, Marbas, Chelmno,
Unctoris, Satanel, e outros intermináveis
nomes e muitas bandas verdadeiras que fizeram o certo para os nossos ouvidos.
(Dr F): Existe mais um monte de bandas como Restos Humanos,
Blasphemic Forces, Voids of Vomit, Morbo, Dominhate, Necromutilator, Hateful,
Saturnine, Uncreation, Doomraiser, Mephitic, Funest, Fuoco Fatuo, Torment, Ad
Nauseam e muitas mais, também dentro dos estilos Brutal Death e Grind
E nós também temos bandas
nascidas na “era dourada” como Death SS, Paul Chain, Bulldozer, Schizo,
Necromass, Strana Officina, Necrodeath, Mortuary Drape para citar apenas alguns
nomes. Se não foram tantas em termos de quantia, eles tiveram um enorme impacto
dentro do cenário metálico mundial e nós estamos orgulhosos de ter esses caras
tocando antes de nós o som que gostamos, e criando álbuns matadores e crescendo
da maneira correta.
HAH: Conte-nos também um pouco da história do ETERNAL SEX AND WAR.
(T): Nós nos estabilizamos durante o final de 2001 como um Duo (Thorshammer
nas guitarras e vocais e Gornhar na bateria), nós tivemos um monte de mudanças
no line up referentes ao baixo. Em 2007, nosso primeiro álbum “Abuse or be
Used”, foi lançado e era distribuído em uma limitada edição e de maneira
totalmente independente. Em 2010, nós renovamos o line up com a entrada de Dr Faustus no baixo. Ai
nós gravamos nosso segundo álbum “Negative Monoliths “ em 2013, e foi lançado
pela Europa pela Quality Steel Records e na América do Sul Pela Shinigami
Records em Novembro de 2014.
HAH: Vocês lançaram neste ano seu segundo disco, “Negative Monoliths”
que é de extrema violência sonora, mas com boas influencias de Doom. Como foram
essas inserções, foi algo proposital?
(T): Nós não temos medo de misturar riffs e “tempos” do Heavy,
Thrash, Death, Grind, Black e Doom Metal, desde que nós sejamos ouvintes de
tudo o que o passado do Metal “underground” possa oferecer. Então essas
inserções de Doom foram sim procuradas deliberadamente, quando tivemos que
desacelerar para o modo "stench-of-the-dead".
(Dr F): Alguns dos nossos
“deuses” tocam rápido. Alguns tocam devagar, mas eu gosto de ambos lados os da
moeda. Então usamos diferentes “modos’ para representar nossas idéias musicais
e dar para nossas composições diferentes recursos.
HAH: A temática do disco é bem explicita, assim como nas letras, com
hinos de ódio e repudio a religiões e dogmas. Como isso é visto na cena
italiana, rola muita repressão por parte dos extremistas religiosos?
Arte de "Negative Monoliths" |
(T): Com certeza, ser contra dogmas religiosos pertence à nossa
experiência pessoal, desde que éramos adolescentes, é natural trazer essa raiva
com a gente e colocá-lo em nossa música. Mas, nas letras de ESAW’S há muito
mais: a desconfiança na espécie humana, a certeza de um futuro cinzento, a
repulsa contra a corrupção e a intolerância, o pensamento livre contra as
doutrinas políticas mofadas, a profecia que mostra um próximo inverno nuclear vindo
porque a loucura de alguns bastardos produzindo isso pelos meios de contenção
de massa.
Além disso, você tem que saber
que estamos muito influenciado por visões apocalípticas de grandes diretores de
cinema como Margheriti, Lenzi, Mattei e Romero, só para citar alguns.
Com certeza o Metal na Itália foi
e ainda é condenado ao ostracismo pelo Vaticano e, geralmente, pela ignorância
e do medo de milhões de homens e mulheres. Lembro-me de que o pessoal do
Deicide foi forçados a cancelar seu show na Itália anos atrás graças a esta
lavagem cerebral desses canalhas italianos.
(Dr F): Eu me lembro de um festival que foi forçado a cancelar
próximo à nossa cidade natal, porque o Marduk supostamente iria tocar e a
igreja local e seus “fiéis” fizeram toda a pressão possível até que ocorresse o
cancelamento. Novo milênio, velha merda.
HAH: “Negative Monoliths” também foi lançado no Brasil, vocês esperavam que o álbum chegasse tão longe?
(T): A colaboração entre a Quality Steel’s e a Shinigami Records
fez com que isso fosse possível e nós gostaríamos de agradecer Malte da QRS por
acreditar na gente, e isso pra nós é como uma explosão, porque nós certamente
somos fanáticos pelo Metal brasileiro e grande parte do nosso som foi “criado”
pela admiração das bandas do catálogo da Cogumelo. No nosso início, nós só
queríamos fazer um Metal barulhento para nosso desfrute, nós nunca imaginamos
que teríamos uma expectativa de um dia nosso trabalho ir tão longe, nós estamos
100 % satisfeitos.
(Dr F): Sim, nos temos que agradecer a Malte da QSR pelo seu
maravilhoso trabalho e apoio. Eles assinaram com muitas bandas boas, acessem o
website.
HAH: E a receptividade do disco novo, está sendo a esperada?
(T): Atualmente, o Brasil é o mais prodigioso no quesito de elogios
nos comentários que recebemos e este é um grande prazer para nós.
Na Europa, parece que existem
opiniões discordantes sobre o álbum, alguns gostam, outros não, e é claro que
pode depender apenas do fato de que este álbum é orientado para um determinado
tipo de ouvinte. No entanto, respeitamos todas as opiniões, mas apenas se a
crítica é construtiva e pode fazer a banda crescer melhor. Não podemos tomar
como sérios comentários que nem sequer especificam nossas influências.
(Dr F): Esse é apenas o começo, mas muitas pessoas estão animadas
sobre o álbum, especialmente aqueles que gostam de uma pegada com cara de
lançamentos old school e estão abertos para vários estilos.
Obrigado pelo espaço concedido.
Nós estamos sempre muito gratos de sermos entrevistados e falar mais sobre
nossos próprios pensamentos sobre o álbum e por trás do trabalho. Nos vemos em
breve!
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