Resenha por: Renato Sanson
Pode se dizer que desde 2002 o Hammerfall não lançava um
disco com sua cara, bons álbuns vieram, mas muito de sua força se perdeu,
colocando até mesmo em jogo sua continuidade, pois a cada lançamento o som
soava cada vez mais moderno e longe de suas melodias e clichês do estilo.
Pois bem, eis que em 2014 nasce “(r)Evolution”, que de cara
volta a ser o bom e velho Hammerfall, melodias grudentas, corais, refrões clichês
e muita maestria e musicalidade.
A produção ficou a cargo de Fredrik Nordström, e como é bom
ver esse nome novamente a frente das produções da banda, pois quem não lembra
Fredrik foi o produtor dos clássicos "Glory to the Brave" e
"Legacy of Kings", sendo assim temos aquele toque clássico e robusto
na sonoridade, resgatando todo feeling deixado para traz nesses últimos anos.
A produção gráfica também marca o retorno do mestre Andreas
Marschall, que fez as capas dos três primeiros discos do Hammerfall, e agora
fazendo deste novo trabalho uma bela referencia a “Glory to the Brave”,
sem contar a sensação nostálgica que traz ao olhar para mesma.
Musicalmente é Hammerfall no seu melhor estilo, pois
voltaram a prezar pela simplicidade e com arranjos menos complexos, sendo de fácil
assimilação e logo grudando na cabeça, como é o caso da trinca inicial “Hector's Hymn”, “(r)Evolution” e “Bushido”, impossível
ouvi-las e já não sair cantarolando suas melodias.
Vale ressaltar a excelente forma de Joacim Cans, cantando
como nunca, assim como a banda que esbanja competência.
Ainda há tempo de destacar “Ex Inferis” (cadenciada porem
pesada), “Origins” (que lembra os trabalhos mais atuais, mas com muito peso e dinâmica)
e “Evil Incarnate” (Metal sem frescuras e empolgante).
Simplesmente uma volta ao passado em grande estilo, que de
fato coloca o Hammerfall em seu trilho e os eleva novamente aos grandes do
Power Metal.
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