Resenha por: Renato Sanson
O diferente muitas vezes
incomoda, pois não é fácil sair da zona de conformo muito menos quando se fala
de Metal então, os fãs mais ortodoxos torcem o nariz para mudanças ou
sonoridades mais introspectivas.
E o Tellus Terror do Rio de
Janeiro não mostra apenas um som diferente, mas sim um universo único e mirabolante.
Tendo iniciado suas atividades em 2012, não demorou muito para soltar no
mercado seu primeiro Debut “EZ Life DV8”, que chega para causar e mostrar que o
Tellus Terror quer deixar sua marca no cenário metálico.
A mescla dos estilos mais
extremos com Metal Sinfônico e Metal Tradicional deixa o disco ainda mais
interessante, como é o caso da faixa de abertura, “Stardust”, que apresenta um
belo dedilhado inicial, para segundos depois cair em uma verdadeira porradaria
sem fim, aliando muito bem os elementos do Black Metal, em uma faixa apoteótica
e extremamente intrincada, sendo impossível ouvi-la apenas uma vez, pois suas
variações são fantásticas e inesperadas.
Em “Terraformer” a banda tira o
pé do acelerador em uma faixa cadenciada, mas com elementos ainda mais
intensos, seja pelo vocal rasgado cantado como se fosse um Rapcore ou
pelos vocais limpos que invadem sem pedir licença, com riffs secos e um belo
clima de teclado.
“Blood Vision” também se destaca
pelo seu groove e ótimas variações vocais e rítmicas. Como o som é claro que a
parte gráfica também seria um quebra cabeça e enigmática, com um desenho artístico de
alto nível que chama muito atenção.
Músicos experientes fazendo algo realmente diferente, que pode incomodar alguns, mas também trazer uma nova gama de fãs e mostrar que sim, indiferente do estilo pode-se mesclar tudo com sabedoria e qualidade, e nisso o Tellus Terror mostrou com maestria, lançando de fato um dos discos mais impressionantes já ouvidos no Brasil.
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