Eis
que em terras gaúchas aportou um dos ícones do Black Metal: MARDUK. Em mais uma
produção da Makbo, que tem se notabilizado por trazer shows gringos (e apoiado
bandas locais, também), desta feita os responsáveis pelo baile vieram mostrar
seu mais recente (e bem recebido) trabalho, Fronstschwein.
A
abertura dos trabalhos ficou a cargo das bandas REVOGAR (Esteio) e SYMPHONY
DRACONIS (Porto Alegre).
Revogar |
Pra
quem não conhece, a REVOGAR toca o que podemos convencionar de uma mistura dos
estilos mais extremos, resultando numa música extrema, caótica e de peso. O
vocalista Wagner Santos impõe um espírito ímpio enquanto vocifera temas de
combate à religiosidade alienada, ao passo que o resto da banda desceu o coro sem
dó nem piedade. Ainda não tinha visto a banda ao vivo, mas me impressionou
bastante à vontade com que tocaram seus sons e desta forma fizeram um ótimo
show. Ainda completam a banda: André Cruz (guitarra), Cristiano Fava (bateria –
não faz mais parte da banda) e Jéferson Eberle (baixo). Destaco Vale dos Suicidas e Hipocrisia Cristã.
Symphony Draconis |
Na
sequência veio a SYMPHONY DRACONIS, cujo atraso no início dos shows,
inviabilizou um set mais longo. Porém não foi motivo para a banda deixar de
mostrar o alto nível que se encontra. Trata-se de uma banda irrepreensível ao
vivo, com músicos experientes e que têm, também, uma postura de entrega que
empolga a audiência. Ainda divulgando seu debut
álbum Supreme Art Of Renunciation (2013), que ainda tem obtido uma grande
aceitação, os caras não deixaram um pingo de dúvida de que se tratam de um
grande expoente do Black Metal nacional. Como fora dito, embora o exíguo set que tocaram, é impossível não citar
o grande som Ain Soph Aur. Parabéns
Stiemm Nechard (vocais), Thiernox (guitarra), Aym (guitarra), E. Follmer
(baixo) e Helles Vogel (bateria).
Então é
chegada a hora dos headliners mostrarem seu poderio, em divulgação ao mais
recente cd, Frontschwein, cuja faixa
título abriu o set. Porém, devido a um problema no microfone, a atuação de
Mortuus ficou comprometida nesta música, fazendo com que o músico deixasse o
palco (atitude de certa forma arrogante). Mas o infortúnio foi sanado
rapidamente e quando voltou desceu a lenha com o resto da banda.
E para esquentar a galera no início do show, depois de tocarem The Blond Beast, vieram com Slay The Nazarene, causando alvoroço nos presentes. A cada intervalo entre as músicas, uma ‘intro’ ficava tocando e preservando o clima funesto do lugar. Seguiam-se as pedradas com The Levelling Dust, 502 (que outro soco na cara do álbum Panzer Division Marduk), Wartheland (do último mais recente, também), Serpent Sermon e Cloven Hoof; vindo Burn My Coffin que é outra que não pode faltar; Into Utter Madness (Wormwood), Womb of Perishableness (Rom 5:12), e pra fechar de forma blasfema Warschau, The Black e o clássico Panzer Division Marduk, cessando uma apresentação coesa, brutal e profissional.
É claro
que a interação da banda com o público é praticamente nula, nem mesmo o
vocalista Mortuus se abraçando na bandeira do Brasil foi capaz de mudar algo
nesse sentido. Mas enfim, a banda estava ali pra mostrar seu trabalho, e isso
fizeram bem. Problemas técnicos acontecem em qualquer lugar, mas mesmo assim, o
som do local estava bastante satisfatório (para o Marduk), enquanto para as
bandas de abertura poderia ser melhorado. O fato é que o saldo do evento foi
altamente positivo, apesar de que poderia ter tido um público maior.
De
qualquer forma, quem prestigiou o show saiu satisfeito, não só pelas bandas,
mas pela organização, demonstrando que a Makbo tem condições de proporcionar um
bom evento aos headbangers do RS.
Cobertura
por: Marcello Gavião Camargo
Fotos:
Diogo Nunes
Revisão/edição:
Renato Sanson
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