Resenha - Banda: Nervosa - Álbum: Agony (2016 - Shinigami Records)

Resenha por: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson


Tempos em que o medo e a incerteza tomam conta do ar, a sensação que nos rege é uma só: AGONIA!

Não por acaso este é o nome do mais novo trabalho da banda Nervosa, que se chama AGONY (2016), e é o segundo álbum “Full-length” da banda que está na ativa desde 2010. Nervosa carrega no seu “D.N.A.” toda agressividade e raiva das bandas de Thrash Metal oriundas da mesma fonte como Woslom, Torture Squad, bem como as “gringas” Dust Bolt, Hatriot, entre outras.

Meninas no poder, mas com “sangue entre os dentes” dessa vez, o novo trabalho da banda paulista trás o trio mais afiado, em relação ao disco anterior. Com o passar do tempo teremos a oportunidade de acompanhar as mudanças evolutivas pelas quais o trio deve atravessar, apesar de terem se passado só seis anos, desde a formação, “já” se passaram seis anos. Falando em mudanças, enquanto este texto estava sendo construído chegou à notícia que a Pitchu Ferraz (Bateria) estava deixando o grupo. Algumas novidades deverão surgir em breve, relacionadas a esta questão. Sabe-se que a Canadense Samantha Landa, está ensaiando para excursionar com o grupo, até que uma decisão definitiva seja tomada. “Agonia” flanqueando os ares novamente, mas nada com que se deva apavorar isto acontece com maior frequência que se imagina!

O novo disco está recheado de riff’s tradicionais e o velho feeling do Thrash Metal, mas para quem está acostumado com o estilo e achou que encontraria a “velha formula pronta”, eu arrisco dizer que acabou “errando o pulo”. Nervosa chegou com a energia renovada e focada no dinamismo do trio, então será perceptível o quanto a banda explora o seu entrosamento nas execuções.

Na “Intolerance Means War” dá para ter uma bela dose da dinâmica sonora da banda, com vários “drum rolls” e uma bela swingada contrabalanceando a pegada, o que torna a audição bastante rica. “Deception” também abusa nos contratempos e já em “Guerra Santa” a volta do velho “um pra um” já tradicional e marcado, que se faz presente (aqui detalhe especial para a música cantada em português). Nervosa, com um belo futuro pela frente, nos presenteia com um dos melhores discos que o Thrash nacional poderia nos entregar, certamente são motivos de muito orgulho. Para fechar o disco em grande escala, Fernanda Lira eleva ao máximo toda sua experiência vocal e lacra o disco com uma performance lírica de arrepiar e causar inveja (impressionante), com a faixa bônus “Wayfarer”.

A arte da capa do “AGONY” ficou sob os cuidados do Godmachine e o Design quem assumiu foi o Rafael Romanelli (também conhecido por empunhar o baixo para os Zumbis do Espaço), que trouxeram toda revolta contida nas letras, em uma cover art matadora.
Fica ligado nos canais da banda que vem muita novidade pela frente.

Formação:
Fernanda Lira – Baixo e Vocal
Prika Amaral – Guitarra e backing Vocal
Pitchu Ferraz – Bateria

Tracklist
1. Arrogance
2. Theory of Conspiracy
3. Deception
4. Intolerance Means War
5. Guerra Santa
6. Failed System
7. Hostages
8. Surrounded by Serpents            
9. Cyberwar                          
10. Hypocrisy                          
11. Devastation      
12. Wayfarer             
               



Comentários