Resenha de Clássico: Master – The Human Machine (2010)

Por: Harley Caires

Salve Headbangers, cometendo o risco de estar vilipendiando o que chamamos de clássico, afinal de contas, vou trazer aqui um álbum que não tem nem 15 anos do seu lançamento, mas fato é que ao falar de Master fatalmente estaremos falando de clássicos! O que podemos dizer de Paul Speckmann? É um dos muitos pais do Death Metal e se tratando ainda mais da cena da Florida tal afirmação não é uma hipérbole.

Começando a analisar pela capa que é bastante profética onde retrata cenas de violência tão comuns nos noticiários, mas além da imagem o que mais se destaca é o som de Speckman que poderia ser um baita sujeito arrogante, pois, ele ajudou a criar e formatar o que chamamos de Death Metal, mas ele vai na contramão disso fazendo um som honesto e agradável (entenda agradável para ouvidos acostumados a brutalidade e desgraça).

A faixa título abre o trabalho já com aquele som característico: baterias rápidas de Zdenek Pradlovsky, linhas de guitarras bem timbradas, cortesias de Alex Nejezchleba e nos vocais e baixo, claro que, Speckman que aqui decide mostrar suas influências vocais de Celtic Frost. Note como o CD já abre e você já está a ponto de estatelar sua cabeça contra a parede.

Bem, a partir daí é só ladeira abaixo! “It's What Your Country Can Do For You” é a mais longa do trabalho e tem uma considerável chuva de riffs e a linha de bateria marcando o tempo da música como é tradicional no Death Metal, e nada mais justo que eles façam algo mais tradicional, pois são eles um dos Pais da porra toda.

“Twisted Truth” poderia ser uma faixa de qualquer trabalho do Massacre principalmente na época do “From Beyond” (91), os vocais cantando em cima das linhas de bateria e guitarra são brutas. “True Color” e “Suppress Free Thinking” voltam para as passagens mais intrincadas, mas sem perder o folego. Aqui quero destacar outra grande jogada de mestre (com perdão do trocadilho) é fazer uma música complexa sem soar cansativa ou sem sentido, lembrando que Death Metal não é só velocidade é antes de mais nada peso.

“A Replica of Invention” é tudo aquilo que o Six Feet Under tentou fazer, mas nos últimos trabalhos veio falhando, que é aquela pegada old school quase Punk. Ainda temos tempo para as pegadas “Faceless Victims Expelle”, “The Lack Of Space” e matando de vez o ouvinte “Impale To Kill”.

Confesso que esse trabalho deixa se ouvir de uma forma muito rápida me forçando a colocar no repeat e sejamos francos, podemos falar isso de quantos álbuns hoje em dia? O nome Master é sintomático, afinal, o que eles têm de estrada muitos bangers não tem de idade. 


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