Resenha - Banda: Deep Hatred - EP: Virus Hominum (2022)

Por: Renato Sanson

As atrocidades que o ser humano pode fazer ao próximo e a sociedade já se provou infinitas. Ainda que seja um assunto batido, sempre influencia bandas e músicos a trazerem esses relatos cruéis como forma de não esquecer do quanto somos perversos e capazes de destruir.

Essa é a raça humana e o seu “poder” de destruição e calamidade. Com isso em jogo, os maranhenses do Deep Hatred trazem em seu primeiro EP essa observação dos humanos e sua capacidade única e instintiva de oferecer sofrimento.

O Death Metal regado por influencias Grind soa abusivamente pesado e violento. Riffs rápidos e variados da dupla Alexandre Costa e Rogers Rocha, com o estalar de um baixo (William Vieira) e bateria (Lucas Martins) pulsantes, alinhado as linhas vocais urradas e entrelaçadas por screams frenéticos de Débora Lopes. 

São apenas seis faixas e todas cantadas em português (se você ainda não é acostumado com o estilo, precisara do encarte em mão para entender as letras) trazendo os malefícios do ser humano ao mundo, mas em especial destaco a maligna “Minotauro” que relata um dos casos mais intrigantes já ocorridos em nossa existência, o famoso caso da Dália Negra. Se por acaso nunca ouviu falar pesquise, se apavore e volte a dar o play nesta faixa em especifico.

Um EP raçudo, pesado e agressivo. Não reinventam a roda, mas continuam o legado do Metal da morte.


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