Por: Renato Sanson
O duo inicial da carreira dos poloneses do Vader é irreparável. Simplesmente perfeito! Death Metal em sua essência e aquelas leves pitadas de Thrash que deixam o som ainda mais peculiar e brutal.
Mas muitos se esquecem do também
clássico “Black to the Blind” de 97 e terceiro álbum do grupo, trazendo a
ferocidade do Death Metal, mas com um pé mais ligado ao Thrash em alguns
momentos.
Isso deixa o álbum descaracterizado
ou ruim? Muito pelo contrário, apresenta um Vader mais maduro e o que teríamos do
futuro da banda em diante. De uma forma muito coesa e visceral.
Nesta época Peter contava com o
seu fiel escudeiro Doc na bateria, e os demais músicos, que apesar de estarem
creditados no encarte não gravaram o mesmo, apenas executando ao vivo as linhas
criadas pela mente incessante de Peter.
Isso mostra quanto o mesmo já era um gênio do Metal extremo e levando ao mundo o seu estilo único de criar riffs e solos infernais, assim como linhas de baixo que seguiam com fidelidade a destruição rítmica que Doc trazia.
Criando um verdadeiro caos sonoro
(no bom sentido) e uma aula de riffs, blast beats e quebras de tempo
absolutamente insanas.
A abertura com “Heading For
Internal Darkness” mostra o lado Thrash mais latente e até mesmo mais
cadenciado até certo ponto. Mas não menos agressiva e rápida.
Mas se você estranhou a falta dos
blast beats, tudo bem, “The Innermost Ambience” e “Carnal” trazem de volta o “velho”
Vader e suas transições velozes e endiabradas. Com linhas de baterias
fenomenais. Sem contar os solos alucinados de Peter e a sua
diversificação para riffs monstruosos.
O álbum em si transcorre entre a
ferocidade e velocidade do Death Metal e os momentos mais brutais e mid time do
Thrash. Em uma aliança perfeita e profana.
Esta edição é um relançamento
exclusivo da Shinigami Records remasterizado e com encarte completo, com letras
e fotos da época. Sem contar o belo layout e capa que embalam este clássico do
Death Metal mundial.
A remasterização deixou os instrumentos
mais vivos e a bateria menos seca e com mais peso, o que faz percebermos cada
detalhe das linhas criadas por Krzysztof “Doc” Raczkowski. Falecido em 2005.
Sem duvidas, um dos melhores
trabalhos do musico e um dos melhores no quesito bateria extrema.
Diversificação, técnica e muito feeling.
“Black to the Blind” é tão
clássico quanto os dois primeiros álbuns do Vader. Se ainda não conhece a
escola polonesa, indico iniciar por esse petardo!
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