Resenha – Banda: Benediction – Álbum: Ravage of Empires (2025 – Shinigami Records)

 Por: Renato Sanson

Às vezes uma pausa é necessária. O Benediction ficou 12 anos em um hiato e muito se especulou e também se esperava uma volta triunfal.

2020 foi o ano escolhido e tivemos não só a volta dos ingleses, mas em suas lacunas o retorno de Dave Ingram aos vocais e a dupla original de guitarras: Petter e Darren.

Lançando o ótimo “Scriptures”, servindo como um revival a fase dourada da banda.

Cinco anos após esse retorno animador temos a continuação dessa destruição sonora com o nono álbum de estúdio: “Ravage of Empires” e uma avalanche sonora do mais alto nível.

Death Metal em sua essência, soando brutal e pesado. Tendo aquele lado mais compassado característico dos britânicos e algumas melodias aqui e ali, mas que são rapidamente suprimidas pela chuva de riffs rápidos e diversificados.

Ingram é como vinho e soa cada vez melhor. Mostrando que é a voz definitiva do Benediction.

A ideia aqui é transportar o Death Metal noventista para os dias atuais e fazem isso com maestria. As guitarras e seus fraseados se destacam e embalam as vociferações brutais de Ingram. Com aquele gutural poderoso, mas bem entendível. Podendo acompanhar as letras e suas odes contra os impérios e suas ascensões.

A produção soa muito bem esmerada e limpa. Peso e claridade nos instrumentos sem descaracterizar. Em termos gráficos temos a arte criada por Wolven Claws, que é belíssima e parece mais uma continuação do clássico “Transcend The Rubicon” (1993).

Em outras palavras: Death Metal feito por quem entende sem modernidade e muito da veia old school. Benediction sendo Benediction e que bom!


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