Por: Renato Sanson
Às vezes uma pausa é necessária. O Benediction ficou 12 anos em um hiato e muito se especulou e também se esperava uma volta triunfal.
2020 foi o ano escolhido e
tivemos não só a volta dos ingleses, mas em suas lacunas o retorno de Dave
Ingram aos vocais e a dupla original de guitarras: Petter e Darren.
Lançando o ótimo “Scriptures”,
servindo como um revival a fase dourada da banda.
Cinco anos após esse retorno
animador temos a continuação dessa destruição sonora com o nono álbum de
estúdio: “Ravage of Empires” e uma avalanche sonora do mais alto nível.
Death Metal em sua essência, soando brutal e pesado. Tendo aquele lado mais compassado característico dos britânicos e algumas melodias aqui e ali, mas que são rapidamente suprimidas pela chuva de riffs rápidos e diversificados.
Ingram é como vinho e soa cada
vez melhor. Mostrando que é a voz definitiva do Benediction.
A ideia aqui é transportar o
Death Metal noventista para os dias atuais e fazem isso com maestria. As
guitarras e seus fraseados se destacam e embalam as vociferações brutais de
Ingram. Com aquele gutural poderoso, mas bem entendível. Podendo acompanhar as
letras e suas odes contra os impérios e suas ascensões.
A produção soa muito bem esmerada
e limpa. Peso e claridade nos instrumentos sem descaracterizar. Em termos
gráficos temos a arte criada por Wolven Claws, que é belíssima e parece mais
uma continuação do clássico “Transcend The Rubicon” (1993).
Em outras palavras: Death Metal
feito por quem entende sem modernidade e muito da veia old school. Benediction
sendo Benediction e que bom!
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