Por: Renato Sanson
Verdade seja dita, o Destruction não apresenta um álbum à altura do seu nome desde “The Antichrist” (2001). Não me entendam mal, mas o que veio a seguir é uma chuva de fórmulas repetidas e sem emoção.
A ideia que passam é que pegaram
um método de composição e seguiram como se não houvesse amanhã. Composições
demasiadamente genéricas.
Seria um esgotamento mental?
Seria o guitarrista Mike Sifringer (único membro a estar em todas as fases da
banda) estar cansado e ficando em sua zona de conforto?
Poderia ser, mas em 2021 quando
foi anunciado a sua saída, (o que pegou muitos fãs de surpresa), mas que
poderia ter alguma oxigenação, já que, Schmier anunciava dois guitarristas para
o Destruction.
Algo que não acontecia desde
1990. Porém, “Diabolical” (22) não surpreendeu em grandes coisas e tínhamos o
emaranhado de composições sem brilho.
Quando anunciaram “Birth of Malice” confesso que não tinha mias nenhuma esperança de ouvir aquele Destruction poderoso e cheio de vida, mas a vida nos surpreende e os alemães também.
Ainda que não seja um álbum totalmente
regular é certamente o melhor lançamento desde 2001. Trazendo a áurea daquela
banda agressiva, com musicas inspiradas e uma tempestade de riffs muito bem
organizadas. Não apenas tocados por tocar.
Desta vez podemos dizer que a
dupla Furia e Damir funcionou muito bem e com muitos riffs marcantes e solos do
mesmo nível. É também o álbum que apresenta a faixa “Destruction” e após uma
breve intro, notamos uma banda revigorada e pronta para mergulhar em seu
passado, mas não deixando o presente de lado. Soando atual, mas com todos os elementos
que os consagraram. Uma composição do mais alto nível e um refrão grudento.
“Cyber Warfare” segue na mesma
intensidade, mas o ponto alto é a enérgica e brutal “No Kings – No Masters”
riffs na melhor escola old school e um refrão tão poderoso quanto de “Nailed to
the Cross”. Tem tudo para se tornar um novo clássico, e se tornará obrigatória
nos shows.
Mas como eu disse nas linhas
anteriores este é o álbum mais regular em décadas, mas ainda contém a inconsistência
de musicas que soam descartáveis. Que você escuta mil vezes e elas não fixam.
Ainda que metade do álbum seja bem aproveitável, a outra metade soa mais do
mesmo.
Mas, já é um caminho, pois o Destruction
parecia ter chegado em um beco sem saída e poderia ser que nada mais saísse dali.
Esse é apenas o segundo álbum com a nova formação e já temos melhoras
significativas.
Se “Diabolical” é um nota 5,
posso dizer que “Birth of Malice é um 7,5.
Comentários
Postar um comentário