Resenha – Banda: Destruction – Álbum: Birth of Malice (2025 – Shinigami Records)

 Por: Renato Sanson

Verdade seja dita, o Destruction não apresenta um álbum à altura do seu nome desde “The Antichrist” (2001). Não me entendam mal, mas o que veio a seguir é uma chuva de fórmulas repetidas e sem emoção.

A ideia que passam é que pegaram um método de composição e seguiram como se não houvesse amanhã. Composições demasiadamente genéricas.

Seria um esgotamento mental? Seria o guitarrista Mike Sifringer (único membro a estar em todas as fases da banda) estar cansado e ficando em sua zona de conforto?

Poderia ser, mas em 2021 quando foi anunciado a sua saída, (o que pegou muitos fãs de surpresa), mas que poderia ter alguma oxigenação, já que, Schmier anunciava dois guitarristas para o Destruction.

Algo que não acontecia desde 1990. Porém, “Diabolical” (22) não surpreendeu em grandes coisas e tínhamos o emaranhado de composições sem brilho.

Quando anunciaram “Birth of Malice” confesso que não tinha mias nenhuma esperança de ouvir aquele Destruction poderoso e cheio de vida, mas a vida nos surpreende e os alemães também.

Ainda que não seja um álbum totalmente regular é certamente o melhor lançamento desde 2001. Trazendo a áurea daquela banda agressiva, com musicas inspiradas e uma tempestade de riffs muito bem organizadas. Não apenas tocados por tocar.

Desta vez podemos dizer que a dupla Furia e Damir funcionou muito bem e com muitos riffs marcantes e solos do mesmo nível. É também o álbum que apresenta a faixa “Destruction” e após uma breve intro, notamos uma banda revigorada e pronta para mergulhar em seu passado, mas não deixando o presente de lado. Soando atual, mas com todos os elementos que os consagraram. Uma composição do mais alto nível e um refrão grudento.

“Cyber Warfare” segue na mesma intensidade, mas o ponto alto é a enérgica e brutal “No Kings – No Masters” riffs na melhor escola old school e um refrão tão poderoso quanto de “Nailed to the Cross”. Tem tudo para se tornar um novo clássico, e se tornará obrigatória nos shows.

Mas como eu disse nas linhas anteriores este é o álbum mais regular em décadas, mas ainda contém a inconsistência de musicas que soam descartáveis. Que você escuta mil vezes e elas não fixam. Ainda que metade do álbum seja bem aproveitável, a outra metade soa mais do mesmo.

Mas, já é um caminho, pois o Destruction parecia ter chegado em um beco sem saída e poderia ser que nada mais saísse dali. Esse é apenas o segundo álbum com a nova formação e já temos melhoras significativas.

Se “Diabolical” é um nota 5, posso dizer que “Birth of Malice é um 7,5.


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