Entrevista: Duzeck - A Estrada do Rock e os Seus Mistérios Decifrados

 

- Olá Jonas. Obrigado pelo seu tempo em meio a correia das atividades com a DUZECK. Logo de cara, tomei um susto com o lançamento do Single “Retrovisores”, em total imersão ao Alternative Rock. O que deu na cabeça de vocês para gravarem algo com esse direcionamento?

Muito obrigado pelo espaço! “Retrovisores” nasceu num momento muito verdadeiro da banda. A gente queria colocar pra fora tudo o que estava preso — as vivências, as reflexões e as marcas do passado — mas com a energia do presente. O som acabou fluindo naturalmente pro Alternative Rock, com aquela pegada de Hardcore Melódico que a gente carrega desde as bandas antigas. Essa música é especial porque traz a única parceria de letra que fiz com meu pai, o Zekinha, que era poeta e letrista. Ele deixou várias letras guardadas, e nessa canção consegui construir algo junto com as palavras dele. Foi um jeito de transformar saudade em força, e homenagem em movimento.

- Como funciona o processo de composição da banda? Acredito que seja algo mais orgânico e intimista, com todos os músicos fazendo jams em estúdio, estou certo?

De certa forma, sim. Normalmente, eu chego com as ideias e melodias já estruturadas — as bases das músicas costumam nascer comigo. Depois levo pro estúdio e começamos a trabalhar juntos, cada um trazendo suas ideias no instrumento e ajudando a moldar o som. É aí que a mágica acontece.

Com “Retrovisores” foi exatamente assim: a música começou com uma base minha e, aos poucos, foi ganhando corpo com as contribuições de todos. A Duzeck é muito colaborativa, e esse processo deixa tudo mais orgânico e verdadeiro.

- A faixa traz homogeneidade em termos de qualidade e maturidade musical. Como os fãs da banda têm reagido ao material?

A recepção tem sido incrível! A galera se identifica muito com a mensagem da música, e vários comentários falam sobre como a letra bate forte. Ver que uma canção tão pessoal conseguiu tocar outras pessoas tem sido uma experiência muito gratificante.

- A banda pretende lançar algo no formato físico no futuro, já que fazem parte de uma grande gravadora na atualidade? Queria muito poder ouvir um álbum novo de vocês nestes moldes novamente...

A gente também tem esse desejo. O físico tem um valor afetivo muito forte, especialmente pra quem cresceu colecionando CDs. No momento, estamos focados nos singles e nas plataformas digitais, mas um álbum físico é algo que está nos planos sim, especialmente pra marcar esse novo ciclo da banda.

- “Retrovisores” é um Single que me identifiquei bastante! Você pode nos contar como foi o seu processo de composição?

Essa foi uma das composições mais intensas pra mim. Começou com uma base de guitarra que eu tinha guardado há anos. Quando encontrei as letras do meu pai, senti que uma delas se encaixava perfeitamente nessa ideia. A partir daí, fui ajustando os versos, criando os arranjos e levando pro estúdio pra banda completar o som.

É uma música sobre superar o passado e seguir em frente, algo que eu estava vivendo de forma muito pessoal.

- Como está a banda no âmbito dos shows? A agenda de vocês costuma ser cheia? A aceitação está sendo positiva por parte da imprensa e fãs com relação ao trabalho ao vivo?

A gente está retomando os palcos aos poucos, ajustando tudo pra oferecer um show à altura das músicas. A resposta do público tem sido muito positiva, e ver a galera cantando junto é impagável. Cada apresentação tem sido uma celebração pra gente.

- “Retrovisores” tem uma arte de capa muito legal. Quem a produziu e o que vocês querem dizer com ela?

A capa de “Retrovisores” nasceu de uma troca muito boa entre mim e o Borgz, que é um grande amigo e também o produtor da música. Foi ele quem trouxe a ideia inicial do conceito visual, e a partir disso comecei a desenvolver outras ideias até chegarmos na versão final. A proposta era representar o ato de seguir em frente, deixar o passado pra trás e não se prender ao que já foi. Por isso o nome “Retrovisores”, e por isso a capa reflete esse sentimento de movimento e superação, um convite pra olhar adiante, sem medo do que ficou pra trás.

- Quando a banda está em estúdio, vocês costumam trabalhar com um produtor externo ou preferem se auto produzir?

A gente costuma se auto-produzir, mas em alguns projetos conta com o apoio do Rennan “Borgz”, que é meu amigo de longa data. Já tivemos banda juntos, e ele sempre que participa traz ideias e sugestões que somam muito. Em “Retrovisores”, por exemplo, ele foi fundamental pra transformar o som em algo ainda mais forte.

- Quais os planos para o ano de 2025 com a DUZECK? Sinceramente torço para mais shows e um novo álbum completo...

Para 2025, a gente tem muitos planos! Em dezembro vamos gravar duas músicas novas, então 2026 já começa com material totalmente novo. Cada lançamento já vem planejado com videoclipe, e enquanto isso já estamos ensaiando outras músicas novas. Além disso, queremos continuar fazendo shows, levando a energia da DUZECK para mais lugares e mantendo essa conexão com o público.

- Novamente parabéns pelo trabalho ao lado do DUZECK... Agora é o momento das considerações finais de vocês... 

Agradeço demais o espaço e o apoio! “Retrovisores” é só o começo de um caminho que estamos trilhando com muito coração. A todos que estão ouvindo, compartilhando e fortalecendo a banda: valeu demais! Sigam a Duzeck nas redes e fiquem ligados nas próximas novidades.

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