Entrevista – White Dragon Project: “As plataformas são de grande importância e sabemos o quanto são, porém é vazio demais”

Por: Renato Sanson

Músico entrevistado: Leo Rodrigues (vocal)


“Story of Gaya” traz uma história conceitual e complexa ao mesmo tempo. Sobre os Anunnakis e a criação do mundo. Como foi formar essa ideia?

Na verdade essa ideia já estava em mente antes do início das gravações do álbum, e como gosto e estudo sobre o tema, não foi tão difícil trazer essa temática, o mais difícil foi colocar as músicas em ordem cronológica, a medida que os fatos foram acontecendo em nossa história.

Pois além da complexidade ter que juntar fatos históricos e mescla-los com o Heavy Metal certamente não foi uma tarefa fácil, certo?

Sim, realmente tivemos um grande trabalho nessa parte, além de ter que criar a ambientação de cada música de acordo com o tema e letra de cada canção sem perder a conexão do álbum.

O lado musical do White Dragon Project é bem voltado ao neoclássico. Tendo uma veia noventista bem forte. Proposital ou acabou acontecendo?

Creio que temos uma linha clássica 80/90, pois todos da banda têm essas referências, porém na hora de criar as composições não ficamos presos em nada, nossas composições são criadas de forma bem natural, o que sai na hora nós gravamos. Só cortamos se não soar legal fora isso não ficamos modelando para parecer algo, tentamos ser o mais original possível.

Dentre toda essa gama histórica nas composições temos a inusitada “The Kybalion” inspirada no livro O Kybalion. Comente a respeito desta influencia.

Como o álbum trata de todos os acontecimentos importantes da história humana, a vinda de Hermes Trismegisto trazendo todos os conceitos filosóficos e conhecimento muito a frente de daquele tempo, dando um salto de consciência para aqueles que tinham vontade de se transformar através do conhecimento, as leis que ele trouxe até hoje é material importantíssimo nas escolas filosóficas de todo mundo. Por isso que essa faixa não podia faltar e recomendo esse livro a todos.

Algo que achei muito legal e também por ser colecionador é que vocês priorizaram o lançamento físico do novo álbum e não o digital. Pelo menos até o momento desta entrevista o mesmo não consta nas plataformas digitais. Em um mundo tão dominado digitalmente se torna uma estratégia diferente e instigante aos seguidores da banda. Qual a ligação do White Dragon Project com o material físico?

Fizemos apenas 500 cópias, e em pouco tempo quem comprou, comprou e quem não comprou perderá a oportunidade de adquirir mais um material do metal nacional. As plataformas são de grande importância e sabemos o quanto são, porém é vazio demais, não é a mesma coisa de ter uma parte da história com você é o mesmo que ter todos os momentos importantes da sua vida na internet e nada físico para mostrar, se você perde a conta ou some seus dados, todos seus momentos serão como se nunca tivesse existido, mas cada um tem sua interpretação sobre e respeitamos.

Referente a shows, como está sendo para a banda neste momento com um novo lançamento?

Está excelente, estamos conseguindo entregar ao vivo tudo que colocamos no álbum e estamos recebendo o retorno de forma bem positiva, esperamos que todos possam acessar nosso material. Esse mês além do álbum físico já estará nas plataformas de streaming, só conferir e continuar apoiando o metal nacional.

Ainda sobre “Story of Gaya” a recepção do público tem sido a esperada?

Muito positivo, esse álbum é muito superior ao primeiro e vamos crescendo a cada trabalho, e vejo que isso é natural, esperamos sempre entregar um trabalho cada vez melhor ao nosso público.

Encerrando, deixo o espaço final a vocês e que o True Heavy Metal siga com a luz flamejante.

Nós é que agradecemos a oportunidade e parabenizamos por manter o legado do metal nacional vivo, grande abraço a todos que apoiam as bandas brasileiras.

Esperamos todos em nossas redes sociais. Fiquem na paz!!!

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