Entrevista – DFRONT SA: “Nosso principal objetivo era entregar algo mais visceral e maduro mesmo”

Por: Renato Sanson

Músico entrevistado: Nathan Klak (guitarra)


“Forte Teor Da Dor” é bem impactante. Como foi o desenvolvimento do mesmo?

Nathan Klak -  Tivemos pensamentos simultâneos de como fazer esse álbum, queríamos algo mais expressivo possível, dentro da realidade atual, então decidimos produzir nós mesmos, investimos em equipamentos e estudo de gravação, colocamos o objetivo do conceito do álbum, gravávamos cada um no seu estúdio e trocávamos gravações feitas, juntamos as ideias e depois de muita critica formatávamos o que queríamos finalmente em instrumental e interpretação de voz, entre início e término foram 12 meses todo o processo.

Tanto lírico como instrumental, casam perfeitamente em uma ode ao desespero que a pandemia nos causou. Esse período além de conturbado, quais ensinamentos deixou?

De sempre seguir em frente, sempre entender que estamos aqui por algum motivo, procurar aquilo que nos move, faz forte, mais acima de tudo que devemos sempre ajudar uns aos outros, nossa passagem por aqui é muito curta, e pode terminar de uma hora pra outra.

Trabalhar na linha de frente de uma UTI em uma época tão preocupante serviu de base para as letras do novo álbum. Ouvindo hoje, qual o sentimento que te passa?

Angustia, vazio por falta de amparo governamental e humana, realmente um momento bem ruim de se lembrar. Só mesmo ter como passagem e tirar o que der de evolução.

Não é exagero dizer que este é o trabalho mais maduro da banda. Vocês também enxergam desta maneira?

Sim, nosso principal objetivo era entregar algo mais visceral e maduro mesmo, lógico que não teríamos certeza disso, mas sim tivemos isso como objetivo também, mas se dá mesmo a entrega de cada integrante dentro da sua parte, onde podemos formular uma química diferente dos álbuns anteriores. Tínhamos uma cabeça pensante em tudo, no “Forte Teor...” isso mudou completamente e tivemos a certeza de que encontramos nossa verdadeira fórmula.

Sabemos das facilidades que a era digital nos proporciona. Se torna tão confortável que muitas bandas preferem deixar seus lançamentos nas plataformas do que lança-los fisicamente. Já que envolve todo um custo adicional. Mesmo assim, vocês lançaram em formato físico e pela grande Voice Music. Comente a respeito.

Da mesma forma que alcançamos um determinado público digital, alcançamos ainda mais no físico, isso em todas as nossas outras edições anteriores. Existem amantes de material físico que curtem comprar para ter acesso ao momento vivido em letras e fotos, arte em si! Nossos músicos de cordas mesmo, são colecionadores de mídias físicas antigas e novas, existem vários iguais, até porque, a porta de entrada de grandes produtores é material físico em mãos em grandes casos.

O material físico é ainda importante ou é algo que vai se extinguir com os anos?

Ainda é importante, mais não crucial, realmente só pra quem é amante de formato em mãos mesmo, porém isso tende a ser bem longo.

Como estão os shows e a recepção do público com as novas composições?

Tivemos um show no RJ com o Dorsal onde executamos parte do álbum e foi muito bem recebido, e no mês passado fizemos o lançamento oficial num show com vários outros amigos. A crítica foi muito positiva, vendemos muito material físico e de merch. Já temos datas de próximos shows e em janeiro participação em um programa ao vivo.

O DFront SA já pensa em material inédito?

Sempre estamos compondo e executando novos laboratórios musicais, como lançamos o novo álbum a dois meses, já pensamos num próximo com novo conceito daqui a dois anos, quem sabe com novos elementos sonoros. Primeiramente vem a diversão para cada um de nós, se estamos a vontade com o que tocamos, se tudo estiver como nos álbuns anteriores teremos sim um novo trabalho.

Agradeço pela atenção e disponibilidade. Gostaria que fizessem um paralelo entre os três álbuns da banda e seus pontos fortes. O espaço final é de vocês!

Nós que agradecemos por essa grande força, precisamos disso para seguir em frente também. Sempre estaremos à disposição. Falando dos nossos álbuns, tivemos nosso primeiro álbum cheio em 2016 onde executávamos mais o Hardcore seco e gritado, com passagens mais extremas. Nosso single TERRORISMO foi o grande foco do disco, depois uma troca nos integrantes iniciamos em 2019 a escrever o disco CEIFADO, onde mesclamos entre o Hardcore e Deathcore, com passagens pelo Groove em grandes partes. O novo vocal trouxe um fôlego mais tenso e energético para as músicas. Foco na música SANGRIA que é bem ácida. O álbum fala sobra pessoas tóxicas em nossas vidas e o que elas podem fazer em nossas mentes e cotidiano lançado em 2021. Em 2022 iniciamos o FORTE TEOR DA DOR onde especificamente focamos no Deathcore com escritas de relatos vividos pelo Silvio Guerra, nosso vocal, em ambiente hospitalar, ele acompanhou dentro as mortes e descasos da época do Covid, tudo é relatado em fortes passagens nas músicas. FOI UM MOMENTO DOLORIDO QUE NUNCA MAIS QUERO LEMBRAR.

Quem quiser saber mais sobre o álbum só chamar no PV do insta, interessados em adquirir o é só chamar lá!

OBRIGADO NOVAMENTE AO HEAVY AND HELL PELA OPORTUNIDADE DE MOSTRAR NOSSA ARTE E ACRESCENTAR NA CENA MUSICAL BRASILEIRA.

DFRONT SA.

 

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