Por: Renato Sanson
Que temos gênios musicais em nosso meio isso todos já sabem. Porém, muitas vezes esses ditos gênios precisam expressar essa criatividade mais abrangente fora de suas bandas de origem e exemplos não faltam.
Não foi diferente com a mente
inquieta do Atheist, o vocalista Kelly Shaefer. Onde nos apresenta a sua nova
banda ou projeto, Till The Dirt. A proposta aqui é ousar e fugir dos padrões,
impressionando até mesmo o lendário produtor do Metal da morte Scott Burns e o
fazendo deixar a aposentadoria para produzir “Outsider The Spiral”.
Com o Atheist a veia técnica e
progressiva já se consolidava e se mostrava mais uma grande força do Technical
Death Metal. Mas Kelly precisava expandir e “Outsider The Spiral” mostra o porquê
de o americano ser considerado um gênio. O que temos aqui é até difícil de
classificar, pois a brutalidade do Death Metal técnico está presente, mas as
variações que transitam entre outros estilos soam complexas e nem um pouco
menos agressivas.
O lado soturno entra em cena ao meio de riffis e passagens extremamente intrincadas, como elementos do Grunge, Jazz e Dark Wave. Tudo isso embalado por muita violência sonora. Sendo um disco de Death Metal, mas com uma gama sonora extremamente ampla.
De fato difícil, de digerir nas primeiras audições. Necessitando ficar no repeat por algum tempo para entender toda a carga criativa que o álbum apresenta.
Os músicos que acompanham Kelly
Shaefer nessa empreitada dispensam comentários e transportam muito bem aos
ouvintes o que a inquieta mente do vocalista queria passar. Além da ótima
produção de Burns, o icônico baixista Steve DiGiorgio também participa desta
loucura musical na faixa de abertura “Starring Role”.
Resumindo, você precisará de
várias audições para captar a proposta, mas quando pegar a ideia se tornará
viciante.
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