Por: Renato Sanson
Diretamente de Los Angeles o Exmortus nos apresenta o seu sexto álbum de estúdio –“Necrophony” – depois de quatro anos. Onde nem mesmo a pandemia fez os monstros pararem.
O som do Exmortus é uma mistura
interessante de Thrash com Death Metal mais melódico. Melodias instigantes e
marcantes surgem ao meio de riffs cavalares. O que deixa a sonoridade bem
peculiar, mas não menos agressiva.
Mas não são apenas os riffs e
solos melodiosos que se destacam, as linhas de baixo e bateria soam soberbas!
Técnicas e mortíferas. Assim como as linhas vocais de Jadran 'Conan' Gonzalez, que
casam com a ideia mortal e inquieta da banda.
Gonzales como único membro da formação original, não deixou o som se descaracterizar e sim abrilhantou ainda mais essa diversificação sonora que vai do melódico, ao extremo e transita pela neoclássico. Sendo muito bem alinhado e pensado. Tendo complexidade e feeling ao mesmo tempo.
Um prato cheio para quem adora
riffs encorpados, melodias e dobras de guitarras de tirar o folego, com vocalizações
agressivas entonadas pelo peso e técnica da cozinha. Tudo isso contando a
produção do grande Zack Ohren (Fallujah, Immolation).
Se em seu passado os monstros
falavam sobre fantasia e feitiçaria, nesse novo capítulo de sua história temos
o lado obscuro e mórbido em contos inspirados em Tolkien, Drácula e Lovecraft.
Deixando a estética mais sinistra e densa. A própria arte gráfica (que merecia
um vinil) já entrega esse lado mais ignoto.
O Exmortus volta com seus “sons
mortos” que estão mais vivos e insanos do que nunca.
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