Resenha – Banda: Exmortus – Álbum: Necrophony (2023 – Shinigami Records)

Por: Renato Sanson

Diretamente de Los Angeles o Exmortus nos apresenta o seu sexto álbum de estúdio –“Necrophony” – depois de quatro anos. Onde nem mesmo a pandemia fez os monstros pararem.

O som do Exmortus é uma mistura interessante de Thrash com Death Metal mais melódico. Melodias instigantes e marcantes surgem ao meio de riffs cavalares. O que deixa a sonoridade bem peculiar, mas não menos agressiva.

Mas não são apenas os riffs e solos melodiosos que se destacam, as linhas de baixo e bateria soam soberbas! Técnicas e mortíferas. Assim como as linhas vocais de Jadran 'Conan' Gonzalez, que casam com a ideia mortal e inquieta da banda.

Gonzales como único membro da formação original, não deixou o som se descaracterizar e sim abrilhantou ainda mais essa diversificação sonora que vai do melódico, ao extremo e transita pela neoclássico. Sendo muito bem alinhado e pensado. Tendo complexidade e feeling ao mesmo tempo. 

Um prato cheio para quem adora riffs encorpados, melodias e dobras de guitarras de tirar o folego, com vocalizações agressivas entonadas pelo peso e técnica da cozinha. Tudo isso contando a produção do grande Zack Ohren (Fallujah, Immolation).

Se em seu passado os monstros falavam sobre fantasia e feitiçaria, nesse novo capítulo de sua história temos o lado obscuro e mórbido em contos inspirados em Tolkien, Drácula e Lovecraft. Deixando a estética mais sinistra e densa. A própria arte gráfica (que merecia um vinil) já entrega esse lado mais ignoto.

O Exmortus volta com seus “sons mortos” que estão mais vivos e insanos do que nunca.


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