Tribal Scream: Amilcar e Castor foram super receptivos sobre tocarmos músicas do Torture Squad

Por: Renato Sanson

Músico entrevistado: Vitor Rodrigues (vocal)

Vitor, sempre uma honra poder conversar com um dos vocalistas mais influentes do Metal nacional! Para começar, como está sendo essa nova fase com o Tribal Scream?

Vitor Rodrigues – A honra é toda minha! Fico muito entusiasmado ao falar dessa nova fase do Tribal Scream porque estamos compondo material novo para o próximo disco, e não vejo a hora de ver as músicas prontas. Se depender das ideias que estão surgindo creio que esse novo lançamento vai disputar pau-a-pau com o “Sacred Legacy” na minha preferência (risos). Ao mesmo tempo Mauricio e eu estamos agregando conhecimentos sobre mídias sociais e demais coisas com o intuito de fazer o Tribal Scream mais forte não apenas na parte musical, mas também o gerenciamento da banda como empresa.


Após sua saída do Torture Squad, nasceu o Voodoopriest e um disco fenomenal: “Mandu” (14). Porém, algum tempo depois você acabou deixando a banda. O que de fato fez você deixá-los em um momento tão crescente?

As ideias já não estavam se alinhando, principalmente na parte administrativa da banda. Então decidi sair.

Como está a situação atual do Victorizer?

Vou usar um jargão que tem muito nos quadrinhos, o Victorizer está em animação suspensa (risos). Deixei o projeto de lado para me dedicar 100% ao Tribal Scream, mas isso não quer dizer que desisti. Ele está mais forte do que nunca e ainda quero lançar algo ainda esse ano, nem que seja um single. Victorizer é heavy metal estilo U.D.O., Running Wild, Grave Digger e demais influências metálicas.


Em contrapartida nasceu Tribal Scream com um time fortíssimo ao seu lado. “Sacred Legacy” é de longe um dos melhores álbuns de 2021. Pois traz uma áurea moderna, mas sem esquecer o que já o consagraram no passado. Quais os maiores desafios de composições do mesmo?

O maior desafio é o papel em branco na sua frente (risos). Brincadeira. O legal disso tudo é ver as ideias se maturando ao longo das composições, e chegar num denominador comum. Meus vocais foram gravados e os caras só viram a luz das melodias quando entreguei o material do jeito que queria. Foi muito prazeroso gravá-los. Foi aqui na minha casa e tinha todo o tempo do mundo pra testar melodias e timbres, apesar de que já tenho tudo pronto na cabeça, e vou aparando uma ponta ou outra quando acho necessário. Quando juntou tudo veio a alquimia, e isso fez de “Sacred Legacy” um álbum poderoso. Temos thrash, death, doom e até um heavy rock honesto que homenageia nossas primeiras influências musicais, e isso não fez o disco ficar sem rumo, muito pelo contrário, o álbum é orgânico, poderoso, sincero e cativante.

Você e Mauricio foram responsáveis por um dos maiores clássicos do Thrash/Deah Metal mundial, o poderosíssimo “Pandemonium”. Nada mais justo que uma turnê para celebrar os 20 anos desse lançamento atemporal. Como surgiu está ideia?

Enquanto estávamos no processo de composição do “Sacred Legacy”, estudamos como seria o setlist dos nossos shows, e obviamente teríamos que acrescentar sons do “Pandemonium” ao invés de algum cover. Chegamos a tocar um som do Death mas a título de homenagem. Quando lançamos o “Sacred Legacy” vimos a possibilidade de agregar não só as músicas que já estavam no set como o “Pandemonium” inteiro, e outro fator que pesou foi o fato de que em 2023 completaria 20 anos de seu lançamento. Daí não teve mais volta (risos). Ensaiamos e o resultado ficou muito bom e a partir daí agregamos mais músicas do Tribal Scream e o show deu uma turbinada legal! Cada show é prazeroso e de uma energia poderosa e é isso que queremos levar para os palcos.

 

Teve algum contato com o Torture Squad sobre essa turnê? Pergunto, pois os mesmos também podem ter a mesma ideia.

Nós já tínhamos entrado em contato com o Amilcar e o Castor em 2022 falando sobre o fato de tocar sons do Torture Squad da fase com o Mauricio nas guitarras – “Pandemonium” e “Hellbound” – e eles foram extremamente receptivos com isso. Aliás, a amizade entre nós continua! É a mesma daquela de infância, aquela amizade de bairro, da rua onde jogávamos bola e isso permanece entre nós. Ficamos felizes com isso porque são dois discos que a galera curte bastante e é um material bom demais pra ser deixado de lado, e mais importante que tudo, são registros poderosos meus e do Maurício e que temos um orgulho gigantesco desse legado.

Para quem quer contratar a banda para essa tour histórica, como devem proceder?

É muito fácil. Entrem em contato nos e-mails vera.kikuti@gmail.com e/ou tribalscreamband@gmail.com e mande uma mensagem solicitando mais informações sobre como contratar o Tribal Scream. Responderemos na hora!

 

Finalizando, gostaria que nos falasse os cinco discos mais importantes da sua carreira como vocalista e qual álbum você gostaria de ter regravado caso fosse possível? Mais uma vez muito obrigado e que o Metal siga sendo destilado e unindo povos!

Eu que agradeço a oportunidade! Na verdade, não tenho nenhum álbum que eu gostaria de ter regravado. Acho que todos têm uma história, e é legal deixar prevalecer isso. Mesmo quando não sabia nada de gravação de vocais em um estúdio, por exemplo na gravação do “Shivering”, o importante é deixar intacta aquela aura. E abaixo estão os cinco álbuns que são muito importantes na minha carreira.

1.       Tribal Scream [Sacred Legacy]

2.       Voodoopriest [Mandu]

3.       Torture Squad [Pandemonium]

4.       Torture Squad [Hellbound]

5.       Torture Squad [The Unholy Spell]


Vida longa ao Heavy And Hell!!!!

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