Resenha – Banda: Midgard – Álbum: Verdugos (2024 – Som Do Darma)

 Por: Renato Sanson

Passaram praticamente 20 anos desde a estreia do Midgard, lá no longínquo ano de 2005 com “From Ashes...”. Pois bem, em 2024 enfim a banda retorna com seu novo lançamento, uma nova formação e muitas histórias para contar.

Da formação original temos os resilientes Marco F.L.Y. (vocal e baixo) e Omar Rezende (guitarra). Completando as lacunas: Paula Jabur (vocal), Miño Manzan (teclado) e o baterista Júlio Della Togna Neto.

Sob o nome de “Verdugos” o Midgard embarca em uma viajem épica e repleta de passagens melódicas e instigantes, trazendo o seu Doom Metal à tona de uma forma mais direta e menos arrastada.

A adição da vocalista Paula foi um acerto em tanto, fazendo ótimos entrelaces com Marco e o seu poderoso gutural trazem aquele clichê do estilo, mas que cai muito bem a sonoridade da banda. Como é possível notar em “Last Sanctuary”.

Esse lado mais direto flertando com o Metal Tradicional também é um grande ganho, mostrando composições sólidas e bem variadas o que deixa “Verdugos” ainda mais atraente aos ouvidos.

Em conceito lírico o nome “Verdugos” significa Carrascos, Algozes. Tema esse que se espalha pelo álbum em uma arte gráfica onde mostra o planeta terra em plena saturação. Respirando por aparelhos. Mostrando o quanto somos “carrascos” do nosso próprio planeta, do nosso próprio convívio. Arte está, que complementada com um pequeno livreto trazendo as traduções das letras e seus conceitos. Um trabalho rico em detalhes e cheio de profissionalismo.

Assim como a produção sonora feita por Amauri Muniz e Caio Costanzo, que também cuidaram da mixagem e masterização. Soando pesado, equilibrado e com ótimos timbres. Não havendo arestas.

Em suma, os paulistanos do Midgard enfim retornam e trazem ao mundo músicas que evoluíram com o tempo, mas sem perder sua essência.


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